terça-feira, 9 de junho de 2015

Blog: deputados serão ouvidos pela Justiça Militar

Militares que respondem por críticas comparecem ao Fórum
Márlio: apenas suposições (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Dois deputados [um estadual e outro federal pelo Estado de Minas Gerais] serão ouvidos pela Justiça Militar de Sergipe como testemunhas indicadas pela defesa em processo judicial resultante das críticas à cúpula da Polícia Militar de Sergipe e da Secretaria de Estado da Segurança publicadas no Blog do Capitão Mano.
Dois policiais militares, o capitão Ildomário Gomes e o tenente Lucas Neves, foram indiciados em inquérito policial que tramitou no Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administrativa (Deotap) da SSP e figuram como réus no processo judicial que tramita na 6ª Vara Criminal [Justiça Militar].
Estava previsto para esta terça-feira, 9, o comparecimento do deputado estadual Samuel Barreto (PSC, o Capitão Samuel), mas ele justificou a ausência e o depoimento dele foi remarcado pela juíza Juliana Nogueira, da 6ª Vara Criminal. Está previsto também o depoimento do subtenente Gonzaga, que exerce mandato de deputado federal, eleito pelo PDT de Minas Gerais. Ele deve prestar depoimento em Brasília, mas ainda não há data definida.

Nesta terça-feira, 9, foram ouvidas cinco testemunhas, segundo informações do advogado Márlio Damasceno, que atua na defesa dos dois policiais sergipanos acusados por crime de desobediência, difamação e publicação indevida, com base no Código Penal Militar. Segundo o advogado, outras três testemunhas deverão ser ouvidas ainda este mês, entre elas os dois parlamentares.

Para Márlio Damasceno, a defesa está tranquila na certeza da absolvição de ambos os réus. Pesa em favor da defesa, segundo Damasceno, o fato dos computadores terem sido apreendidos, no ano de 2012, sem o devido lacre. A apreensão foi feita pela Polícia Militar na sede da Associação dos Militares (Amase) e nas residências dos policiais acusados em atendimento à determinação judicial. “Não resta nada provável, apenas suposições”, observa o advogado. “Como os computadores não foram lacrados, podemos afirmar que a postagem pode ter sido feita por qualquer pessoa em qualquer lugar do país”, declarou.

Por Cássia Santana

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