quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A AMESE CONVIDA SEUS ASSOCIADOS PARA ASSEMBLÉIA ORDINÁRIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS.


A Associação dos Militares do Estado de Sergipe - AMESE vem a público convocar todos os seus associados para participarem da assembléia ordinária de prestação de contas da entidade, referente à prestação dos meses de Novembro e Dezembro de 2016.

A assembléia irá ocorrer na sede da associação, situada na Rua Boquim, nº 159, 1º andar - Centro, no dia 3 de Fevereiro de 2017, com a primeira chamada às 14:00 h e a segunda chamada às 14:30 hs.

1º Leitura da ata anterior da prestação de contas dos meses de Agosto, Setembro e Outubro;

2º E o que demais ocorrer.

BPTur PRENDE DUPLA SUSPEITA DE ROUBAR CASAL DE TURISTAS NA ORLA DE ARACAJU.


A Polícia Militar do Estado de Sergipe, por meio do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), prendeu dupla suspeita de roubar casal de turistas na Orla de Aracaju, na noite dessa quarta-feira, 25.

A guarnição Tubarão 01 realizava o policiamento ostensivo, quando visualizou dois indivíduos numa bicicleta em alta velocidade e populares gritando por ajuda. A equipe foi informada que um casal de turistas, da cidade de Rio de Janeiro, tinha sido roubado há poucos minutos.

Os policiais alcançaram e prenderam a dupla; os objetos subtraídos foram devolvidos as vítimas. Na abordagem, foi encontrada uma faca peixeira, três celulares, a quantia de R$ 85,00, cartões de crédito, uma bicicleta, um skate, um boné marrom e um par de sapatos.

A dupla foi encaminhada à Delegacia Plantonista para adoção das medidas cabíveis.

Fonte e foto: PMSE

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APENAS UM DEPUTADO FEDERAL APRESENTOU RECURSOS PARA A SEGURANÇA PÚBLICA EM SERGIPE.


Dos oito deputados federais (mais um suplente) que representam Sergipe em Brasília, apenas um destinou recursos para o fortalecimento da política de Segurança Pública do Estado de Sergipe. Após o levantamento do JORNAL DA CIDADE no site da Câmara Federal, foi constatado que só o parlamentar Fábio Reis (PMDB) conseguiu no ano passado destinar o montante de R$ 100 mil para o setor ? ele indicou a verba para melhorar a estrutura de atuação da Guarda Municipal de Lagarto em 2017.

Segundo Fábio, o recurso oriundo de uma emenda impositiva será aproveitada pelo gestor municipal este ano e da forma que preferir. ?Conquistei a emenda e direcionei para o município. Agora caberá ao prefeito da cidade planejar a aplicação?, relatou para o JC. O parlamentar também acrescentou que em 2017 pretende destinar mais recursos para a área. ?Em março, vamos analisar as demandas dos 
municípios para melhor esquematizar essa questão. Mas, posso afirmar que terá mais?, contou.

Porém, apenas Fábio destinou a quantia para o segmento que, ultimamente, anda precisando de recursos para aperfeiçoar o serviço que é prestado. Aquisição de armamento e melhoria da infraestrutura das polícias, por exemplo, fazem falta no dia a dia da segurança dos sergipanos.

Assim como os senadores (o JC mostrou na edição de ontem), os deputados federais também não apresentaram quase nenhuma proposta legislativa para a área, e justificaram o porquê para o JC.

Sem solicitação - O deputado federal João Daniel (PT) justificou que durante os dois anos de mandato não recebeu nenhuma solicitação demandando destinação específicas de emendas parlamentares para a área da segurança pública. Conforme nota encaminhada para o JC, através da assessoria de imprensa, o parlamentar salientou que participa como membro efetivo da Comissão Especial destinada a estudar e apresentar propostas de unificação das polícias civis e militares.

"Para este ano de 2017 apresentamos uma emenda voltada à preservação da violência no valor de R$ 200 mil para realização de seminário para debater a situação dos jovens brasileiros, seus direitos e perspectivas de futuro bem como as garantias constitucionais na perspectiva dos direitos humanos", declarou na nota, acrescentando que também está propondo a destinação de uma emenda no valor de R$ 100 mil para a realização de um projeto para cuidar da saúde da população carcerária.

Já o deputado federal Laércio Oliveira (SD) informou que tem direcionado suas emendas para atender os interesses dos municípios sergipanos e nunca houve pedidos diretos para a área de segurança pública. Através de nota encaminhada para o JC, o parlamentar explicou também que os recursos das emendas são elencados de acordo com os pedidos dos prefeitos e agentes públicos, dando prioridade a obras de infraestrutura, ações para educação e desenvolvimento socioeconômicos do Estado e municípios.

?Tenho pautado meu trabalho com foco nas necessidades mais urgentes dos municípios de Sergipe. Muitos pedidos dos prefeitos para que ajudemos as administrações municipais com construção de postos de saúde, calçamento de ruas, obras, infraestrutura, equipamentos e maquinário para o desenvolvimento dos serviços públicos, fardamentos escolares, coisas que são necessárias para dar mais dignidade e qualidade de vida para o povo do interior. Contudo, se o governador apresentar o pleito para que ajudemos a segurança pública com destinação de recursos, assim será feito. Minha prioridade é promover o bem-estar dos sergipanos em todas as áreas?, disse Laércio.

Demais deputados - Conforme análise feita no site da Câmara, além de João Daniel e Laércio Oliveira, os deputados André Moura (PSC), Fábio Mitidieri (PSD), Jony Marcos (PRB), Valadares Filho (PSB), Adelson Barreto (PR) e Bosco Costa (PROS) ? que exerceu o mandato como suplente - também não apresentaram emendas e nem propostas para segurança pública de Sergipe.

André Moura - A assessoria do líder do governo Michel Temer na Câmara, André Moura, enviou nota afirmando que ele é autor do projeto de lei que dispõe sobre a instituição de parceria público-privada (PPP), no âmbito da União, para transformar as áreas urbanas em cidades inteligentes em todo o território nacional e oferecer mais segurança à população.

Uma cidade inteligente é composta por um sistema inovador e tecnologias de informação e comunicação (TICs). Elas conseguem desenvolver sua economia e a qualidade de vida dos habitantes ao gerar eficiência nas operações urbanas.

Para o líder André, estas parcerias público-privadas beneficiarão a população, pois permitirão maior abrangência da vigilância nos municípios e a redução da violência. ?Sabemos que o Estado não tem recursos suficientes e a área da segurança pública é uma das mais deficitárias. A PPP pode ser uma excelente alternativa de economia e de atender à sociedade", argumentou. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões.

Fonte: Jornal da Cidade

Nota do blog: Infelizmente para nossos deputados federais, com exceção de Fábio Reis, segurança pública não é prioridade, somente é, nos discursos de campanha. Lamentável.

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DOIS SUSPEITOS SÃO BALEADOS EM CONFRONTO COM A PM, APÓS PRATICAREM ASSALTOS.


Dois assaltantes, entre eles um menor de idade, foram baleados no inicio da manhã desta quinta-feira (26), durante uma ação policial no bairro Cidade Nova em Aracaju.

A dupla vinha agindo desde ontem quando tomaram de assalto uma motocicleta e que estava sendo usada para cometerem outros assaltos.

As informações são de que os dois elementos efetuaram diversos assaltos às pessoas em pontos de ônibus, até o momento em que a policia foi acionada e conseguiu abordar os dois elementos.

Durante a fuga, o elemento que estava na garupa da moto sacou a arma e nesse momento a policia efetuou um disparo, e o adolescente foi atingido no tórax e o outro elemento atingido na mão. Com o impacto, eles caíram com a motocicleta e foram imobilizados e presos.

Com os suspeitos os policiais encontraram a arma que eles teriam utilizado para cometer o assalto e também aparelho de telefone celular.

Fonte: Faxaju

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UM MORTO E CINCO PRESOS DURANTE OPERAÇÃO POLICIAL NO INTERIOR DO ESTADO.


Uma grande operação policial foi deflagrada desde as primeiras horas desta quinta-feira (26), no município de Propriá.

A operação policial está sendo realizada sob o comando dos delegados João Eduardo e Antônio Wellington e com o apoio de 58 policiais, além de GTA, GERB e militares de municípios vizinhos. Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca, prisão e apreensão e até o momento cinco pessoas foram presas.

O delegado João Eduardo explicou que a operação foi deflagrada para combater o crime organizado, assaltos e assassinatos na região do Baixo São Francisco.

Foram presos Dalvan Pinto Ribeiro, Luiz Carlos Correia S. Junior, Marcos André França e Aurélio de França. Eles estão sendo encaminhados para a delegacia.

Já o elemento identificado como Ítalo Sávio Pinto de Oliveira resistiu à prisão e trocou tiros com a policia. ele foi alvejado e acabou morrendo.

Foram apreendidas quatro armas de fogo, sendo dois revólveres calibre 38, dois 32 e uma espingarda calibre 12, além de várias munições e drogas.

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, por meio da Delegacia Regional de Propriá, apresenta na tarde desta quinta-feira, 26, às 15h, os detalhes da operação.

Fonte: Faxaju

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TRÊS MORTES VIOLENTAS SÃO REGISTRADAS EM MENOS DE 7 HORAS.

Uma das vítimas é um adolescente



O Instituto Médico Legal de Sergipe (IML) de Sergipe registrou a entrada de três corpos, vítimas de homicídios por arma de fogo entre as 18h da quarta-feira, 25, e a madrugada desta quinta, 26. Um deles, menor de idade. Outro fato a destacar é que todas as vítimas são homens.

Às 18h27 dessa quarta-feira, 25, o Instituto recebeu Michael Douglas Costa Santos, de 22 anos. Ele foi atingido no bairro Coqueiral, em Aracaju, não resistiu e morreu. Adenilson Lima Pereira, 26, morreu no povoado Cruz da Graça, também vítima de arma de fogo.

Já o adolescente Leonardo Carlos Santos de Azevedo, de 16 anos, morreu na rua Manoel Rodrigues, em Riachuelo, após ser baleado. O corpo deu entrada no IML por volta da 1h da madrugada desta quinta-feira, 26.

Outras mortes

José Augusto de Jesus Pinheiro, 20, sofreu um acidente de trânsito em Adustina, na Bahia. Ele chegou a ser socorrido e foi trazido ao Hospital de Urgência de Sergipe, mas não resistiu e morreu.

O idoso James de Souza Vieira, de 66 anos de idade, faleceu após sofrer uma queda da própria altura na Taiçoca, em Nossa Senhora do Socorro.

Fonte: Infonet

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VIOLÊNCIA E O SENTIMENTO DE IMPOTÊNCIA.

Imprevisibilidade. Hoje você sai de casa, mas não sabe se retorna. O direito de ir e vir só vale no papel.

Uma manchete de ontem, 25, que retrata que os marginais hoje não tem medo de ninguém inclusive da polícia: “Policial sofre ameaças e é amarrado em bar no Mosqueiro." Tem arrastão até em cemitério. Até um simples gesto de doação a uma creche pode ser fatal. Restaurante, nem pensar, principalmente quando tem pouco movimento. Ponto de ônibus? Só se não tiver jeito. E rezar para o meliante não ficar com raiva se você não tiver celular ou se tiver um aparelho ”fajuto”.

Um alto número de homicídios dolosos (com intenção de matar) este ano. Uma média de três homicídios diariamente. Onde? Sergipe, o menor Estado do país e o mais violento segundo dados divulgados no ano passado.

E não venham com o “papo” de baixo efetivo e tudo mais. Não cola mais.

E com a coragem de sempre o titular deste espaço acredita que Sergipe não está tão violento, como dizem. Vejam: num lugar em que parte polícia faz de conta que trabalha (para o desespero de uma minoria abnegada, inclusive em cargos de chefia), onde ao circular pelas ruas de Aracaju e rodovias estaduais não se vê sequer uma viatura muito menos policiais, civis e militares em operação. Tirando a orla de Atalaia. A orla hoje tem mais viaturas circulando do que bairros como Siqueira Campos, Santos Dumont ou a Zona de Expansão. E olhe que mesmo assim o tráfico “rola” solto na rua paralela da orla. É um acordo tácito, segundo os moradores.

A mesma reação indignada de alguns da PM com o assassinato do colega de farda, não foi vista com o assassinato do pacifico Nicanor Moura. Tem quem reaja como gangster quando um dos “seus” foi abatido pela violência, mas deixa, desidiosamente a violência crescer em Sergipe. E aqueles que cruzam os braços e fecham os olhos ao cumprimento do dever operacional diário?

Como um oficial abnegado que recentemente foi para a reserva antecipadamente. Motivo? Cansado de esperar bons ventos. Ou seja, a total descrença na política de segurança pública.

O blog ainda acredita que Sergipe é, proporcionalmente, o lugar mais seguro do Brasil, não por ação da polícia, mas sim pela qualidade pacífica de sua gente... Infelizmente toda semana pessoas de bem estão sendo assassinadas.

O que fazer? Torcer para que você não seja mais um nas estatísticas da violência.

Fonte: Blog do jornalista Cláudio Nunes

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PRINCÍPIO DE INCÊNDIO É REGISTRADO NA CHURRASCARIA SAL E BRASA NA ORLA DE ARACAJU. CONFIRAM O VÍDEO.

Fato ocorreu no restaurante Sal e Brasa (Foto: Grupo Aracaju)

Um princípio de incêndio foi registrado no restaurante Sal e Brasa da Orla de Atalaia na noite desta quarta-feira, 25.

De acordo com informações da Polícia Militar, o princípio de incêndio ocorreu na chaminé instalada no restaurante.

Não houve feridos, mas a quantidade fumaça chamou atenção de quem passava pela região.

Duas viaturas do Corpo de Bombeiros estão no local.

Por Verlane Estácio

Confira o vídeo:


Fonte: Portal Infonet

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POLICIAL MILITAR É ASSALTADO E AMARRADO EM ÁRVORE.

Bandidos obrigaram policial a ficar dentro de veículo e circularam por vários pontos da cidade.


Na noite desta terça-feira (25), um policial militar foi assaltado por três indivíduos na região da Atalaia, em Aracaju. Por volta das 19h30, ele estava em seu carro quando foi abordado, obrigado a ficar dentro do veículo e circulou por vários pontos da cidade enquanto os suspeitos o ameaçavam tentando identificar se ele era policial. 

De acordo com o tenente-coronel Vivaldy Cabral, comandante do Policiamento da Capital, o policial não estava armado no momento da ação criminosa. “Quando eles chegaram ao bairro Santa Maria, uma blitz acontecia nas proximidades do 1º Batalhão, mas, eles conseguiram passar sem que fossem abordados, pois não apresentavam nem atitude e nem tinham fisionomia suspeita”, contou o comandante. 

Depois de circularem pela cidade, ao chegarem no Mosqueiro, na Zona de Expansão de Aracaju, os criminosos obrigaram o policial e descer do carro, o amarraram em uma árvore e levaram o veículo pertendente ao militar. “Ele só não foi morto porque os indivíduos não conseguiram nenhum documento que o identificasse como policial e nem ele confessou ser um”, relatou o tenente-coronel.

Depois que os criminosos fugiram, o PM conseguiu se desvencilhar das cordas em que estava amarrado e pediu ajuda em um condomínio. De lá, ele foi a uma delegacia e pretou boletim de ocorrência. 

“A polícia está empenhada em identificar os indivíduos, para isso, está à procura do carro para, em seguida chegar aos suspeitos”, informou o comandante. 

Qualquer informação deve ser passada através do Disque Denúncia – 181. 

Fonte: Jornal da Cidade

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O ADVOGADO NÃO CONHECE O PRESMIL E FEZ UM PRONUNCIAMENTO SEM CONHECIMENTO DE CAUSA. E SE O CLIENTE DELE FOSSE PARA O COPEMCAN?

Arte do chargista Clécio Barroso, sendo permitida a sua reprodução sem alterações.

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DOIS PMs SÃO MORTOS A TIROS DURANTE ATAQUE DE BANDIDOS EM BOM JESUS DA LAPA/BA.

Grupo invadiu Bom Jesus da Lapa para explodir caixas eletrônicos, diz PM. 
Outro policial foi baleado, mas passa bem; ataque aconteceu no domingo.

Veículos queimados foram usados pelos bandidos para bloquear as saídas da cidade (Foto: Blog do Sigi Vilares)

Dois policiais militares foram mortos a tiros, e um ficou ferido, durante um ataque de cerca de 20 homens ao município de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, na noite de domingo (22). Segundo informações da polícia, o grupo invadiu a cidade com objetivo de explodir caixas eletrônicos. Um dos suspeitos morreu.

Ainda de acordo com a PM, por volta das 23h, houve tentativas de explosões em duas agências. A Polícia Militar (PM) impediu os bandidos e uma troca de tiros foi iniciada na cidade. Nesse momento, bandidos que estavam espalhados em outros pontos da cidade começaram a disparar tiros para o alto. Alguns imóveis foram atingidos, mas nenhum morador ficou ferido.

Durante a perseguição aos bandidos, a polícia encontrou um carro abandonado carregado de explosivos, armas e munições. Outros carros foram queimados pelo grupo e utilizados para bloquear as estradas que dão acesso a cidade, com objetivo de atrasar a ação da polícia. As rondas em busca dos suspeitos continuam na manhã desta segunda-feira (23).

A PM calcula que toda ação dos bandidos durou cerca de 30 minutos. Os corpos dos policiais mortos foram encontrados no bairro de Salina, a cerca de 2 quilômetros do centro da cidade, e o policial ferido foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas passa bem.

As vítimas foram identificadas como os soldados Gilberto Lemos Silva Júnior, de 28 anos, e Everton Oliveira de Santana, 26 anos. O primeiro integrava a corporação há um ano e sete meses, e o segundo há um ano e oito meses. Na manhã desta segunda-feira a PM se manifestou com uma nota de pesar. 

Fonte: G1 BA

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MINISTRO DA JUSTIÇA ASSINA PORTARIA QUE CRIA FORÇA-TAREFA DE AGENTES PENITENCIÁRIOS.

Grupo atuará dentro de presídios para o controle de ‘distúrbios’ e ‘em situações extraordinárias de grave crise’, informou pasta; agentes serão cedidos pela União e pelos estados.


O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, assinou nesta terça-feira (24) uma portaria que cria a "Força Nacional" de agentes penitenciários para atuar dentro dos presídios brasileiros, informou a pasta.

Chamada de Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), ela será formada por agentes penitenciários cedidos pela União e pelos estados, além do Distrito Federal. O número de integrantes dependerá da demanda de cada caso e será definido pelo ministério e demais envolvidos.

A criação do grupo se dá diante da crise penitenciária no país que já matou mais de 120 presos em rebeliões em Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Natal (RN) somente neste ano. Outras nove pessoas ficaram feridas durante motim em presídio de Ribeirão das Neves (MG) e 28 detentos fugiram de uma penitenciária de Curitiba (PR).

Segundo nota da pasta, a força-tarefa vai atuar junto aos governos estaduais "em situações extraordinárias de grave crise", entre eles o controle de "distúrbios" e "outros problemas". Os agentes do grupo ficarão responsáveis, por exemplo, por reforçar a guarda das penitenciárias e a vigilância e custódia dos presos.

A força-tarefa será viabilizada por meio dos acordos e convênios da Força Nacional já existentes. A portaria deve ser publicada nesta quarta-feira (25) no Diário Oficial, informou o ministério.

Fonte: G1

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GRUPO DO GOVERNO FEDERAL QUE DEBATE SOBRE PRESÍDIOS, RENUNCIA.

O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes

Em meio a um caos penitenciário no país, com rebeliões e massacres deflagrados pela guerra entre as facções criminosas Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, sete integrantes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), entre eles o presidente do órgão, renunciaram coletivamente nesta quarta-feira por divergências com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Na carta renúncia, eles acusam o ministro de desprezar o órgão, afrontar sua autonomia, de agir com desconfiança e tentar amordaçar seus integrantes. “Esse papel de subserviência, é preciso dizer, não condiz com a história de quase quatro décadas do CNPCP e, principalmente, da missão institucional que ocupa o mais antigo conselho do Ministério da Justiça. Não podemos, portanto, permanecer”, declararam. “A atual política criminal capitaneada pelo Ministério da Justiça, a seguir como está, sem diálogo e pautada na força pública, tenderá, ainda mais, a produzir tensões no âmago de nosso sistema prisional, com o risco da radicalização dos últimos acontecimentos trágicos a que assistiu, estarrecida, a sociedade brasileira.”

Um dos conselheiros disse a VEJA, sob condição de anonimato, que Moraes “está destruindo o conselho e nomeando amigos dele”. A reportagem entrou em contato com o Ministério da Justiça, mas ainda não obteve resposta.

O texto de renúncia critica o envio das Forças Armadas para atuar nos presídios, o decreto que estabeleceu as novas regras de indulto, o Plano Nacional de Segurança Pública anunciado às pressas pelo governo e a criação da Comissão do Sistema Penitenciário Nacional, com integrantes indicados pelo ministro. Também classifica como “populista” declaração de Moraes em que ele defendeu mais armamentos e menos pesquisas para enfrentamento da crise.

Eles argumentam que o conselho não pode se restringir “à condição de simples avalista das políticas implementadas pelo titular do Ministério”. “A finalidade precípua do Conselho, e daí a real existência de um ente plural, é desferir críticas, postular mudanças, apontar defeitos”, escreveram.

Subordinado ao Ministério da Justiça, o CNPCP é responsável pela formulação de diretrizes para a política prisional do país. Os conselheiros fazem inspeções periódicas em todos os Estados, produzem relatórios com problemas e também monitoram a presença de facções criminosas nas cadeias.

Atualmente o conselho possui treze membros titulares e cinco suplentes. Todos os sete que deixaram os cargos haviam sido nomeados no governo Dilma Rousseff. Eles, porém, afirmam na carta renúncia que sempre atuaram com “absoluta isenção de preferências político-partidárias”.

Moraes criou recentemente mais oito vagas de suplentes, o que gerou insatisfações. Para eles, Moraes agiu com o “ímpeto de transformar o CNPCP em espaço endossatário das políticas, quaisquer que sejam, do ministério”. Com oito novos indicados, o governo Michel Temer empataria com Dilma no número de integrantes dentro do conselho – treze para cada. Moraes também abrigou no órgão promotores do Ministério Público de São Paulo, onde fez carreira. Todos os atuais conselheiros possuem mandatos que se encerram entre 2017 e 2018.

Leia a íntegra da carta de renúncia

Brasília, 25 de janeiro de 2017.

Exmo. Sr. Ministro de Estado da Justiça e Cidadania

Dr. ALEXANDRE DE MORAES

Prezado Senhor,

O Presidente e demais subscritores membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça e Cidadania (CNPCP/MJ) vêm, todos eles em caráter definitivo e irretratável, requerer o seu desligamento das vagas que ocupam e consequente encerramento das atividades que exercem nesse órgão colegiado. As razões, as quais sucintamente se expõem, são as seguintes:

1. Todos os subscritores desta renúncia coletiva receberam, cada um ao seu tempo e modo, o chamado para contribuir com a formulação da política criminal e penitenciária brasileira, conforme, inclusive, determinam os artigos 62 a 64 da Lei de Execução Penal, ao estabelecer as competências e atribuições inerentes e elementares do CNPCP.

2. Este trabalho, em todas as incumbências que lhe são pertinentes, sempre foi realizado com absoluta isenção de preferências político-partidárias, de tal modo que o único comprometimento de cada um dos conselheiros foi com a sua própria compreensão e consciência derivadas das respectivas experiências com as questões penais, buscando, apenas e tão somente, contribuir com o debate brasileiro, principalmente em face das conhecidíssimas mazelas de nosso sistema. Daí a ocorrência, entre todos nós, de divergências e convergências, vistas como salutares processos dialogados de construção de projetos, resoluções e atividades em geral.

3. A premissa essencial dessa forma de agir decorre do diagnóstico necessário a respeito da magnitude e importância da política criminal de uma sociedade. Se vista desta forma, não é aqui definitivamente o espaço adequado para projetar dissentimentos menores, pois nesse campo discutem-se, em última instância, os limites do poder do Estado, a efetivação da cidadania e a própria amplitude do conceito mais caro à nossa Constituição Federal de 1988, qual seja, a dignidade da pessoa humana.

4. O que se tem visto, entretanto, é a formulação de uma política, encabeçada por este Ministério, que ruma em sentido contrário a tudo isso. Navega com a popa da embarcação. Poder-se-ia nestas sintéticas razões de renúncia apontar muitos defeitos, vícios de compreensão e caminhos equivocados, ao menos em nosso sentir, pelo qual o Governo Federal conduz a sua forma de atuação no âmbito da execução penal.

5. Ressalta-se, nos últimos meses, o notório desprezo conferido ao Conselho nos temas mais relevantes ao Brasil na temática pertinente. Dias antes da crise prisional atingir patamar alarmante, a minuta de decreto de indulto aprovada pelo colegiado do CNPCP foi deixada integralmente de lado, optando-se pela formulação de um texto normativo que é, talvez, o mais restritivo em termos de liberdades já editado na história recente e republicana. Símbolo máximo disso é a exclusão do instituto da comutação. Conquistas gradativa e progressivamente obtidas foram abandonadas. A peculiar situação do encarceramento feminino, as dificuldades dos miseráveis presos brasileiros em arcarem com o pagamento das penas de multa, as enfermidades incuráveis do ambiente prisional e que afetam mortalmente centenas de condenados, a perpetuidade em que se transformam as medidas de segurança no Brasil, enfim. Tudo foi relegado ao esquecimento, a desprezar, inclusive, inúmeras pesquisas e trabalhos científicos a respeito da relevância da abordagem dessas peculiaridades no decreto de indulto.

6. A índole assumida por esse Ministério, ao que parece, resume-se ao entendimento, para nós inaceitável, de que precisamos de mais armas e menos pesquisas. Essa paradigmática frase não pode ser aplicada a lugar algum que envolva instâncias e políticas públicas e que se voltem, com ponderação, a resolver os complexos problemas de um País cujo traço secular é a desigualdade e a marginalização de parcela de sua população.

7. Defender mais armas, a propósito, conduz sim à velha política criminal leiga, ineficaz e marcada por ares populistas e simplificadores da dimensão dos profundos problemas estruturais de nosso País.

8. Viu-se, no último mês, e por melhor que possam ser as intenções, o lançamento de um Plano Nacional de Segurança Pública sem qualquer debate com a sociedade ou com as instâncias consultivas do Ministério. Ao mesmo tempo, incentiva-se uma guerra às drogas no Brasil que vai, outra vez, na contramão das orientações contemporâneas das Nações Unidas e de diversas experiências bem-sucedidas em países estrangeiros. Comete-se o equívoco de confundir, como se tratasse de algo único, política penitenciária e segurança pública, fator a redundar na utilização de verbas do Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) para fins diversos de seu desiderato, conforme permitido pela belicista Medida Provisória nº 755, de 19 de dezembro de 2016. Planeja-se a destinação de recursos e efetivo das Forças Armadas para cuidar de um problema prisional e social que é fruto da incapacidade congênita do País em lidar com suas unidades penitenciárias e com as facções internas que surgem como subproduto do próprio caos penitenciário e que passaram a retroalimentar, sob as barbas do descaso estatal, o ciclo de exclusão, violência e encarceramento. Não se pode tratar jovens pobres e brasileiros como inimigos, por definição, do Estado.

9. Se não bastasse, no momento em que o Brasil vive a sua mais aguda crise penitenciária, cuja solução começa pela capacidade de diálogo das mais diversas esferas e instâncias públicas e privadas, o Ministério da Justiça investiu diretamente contra a autonomia e finalidade do próprio CNPCP. Cuidam-se de medidas que denotam, inclusive, alguma incompreensão do papel exercido pelo Colegiado consultivo, o qual não pode destinar-se à condição de simples avalista das políticas implementadas pelo titular do Ministério. A finalidade precípua do Conselho, e daí a real existência de um ente plural, é desferir críticas, postular mudanças, apontar defeitos.

10. O que se vê, entretanto, é uma clara tentativa de controle da voz a da opinião deste CNPCP. Em primeiro lugar, é criada por portaria uma Comissão do Sistema Penitenciário Nacional, o qual, se tem a virtude de reunir diversas entidades e ampliar por consequência o debate, estabelece, por outro lado, que os membros do CNPCP serão indicados pelo próprio Ministro, e não pelo Colegiado do qual são oriundos. Em outras palavras, ser do CNPCP para compor dita Comissão, nesta índole, é mera formalidade, pois não serão os componentes aqueles a quem, em si mesmos, o CNPCP conferiu legitimidade interna de representá-lo.

11. Em segundo lugar, determinou-se na última semana, por meio de outra portaria, o advento de oito novas vagas de suplência, o que, para além de violar a regra de iniciativa de modificação regimental do órgão, mostra-se como verdadeira afronta à autonomia do Conselho (artigo 24 do Regimento Interno – Portaria nº 1.107, de 5 de junho de 2008). Uma nítida mensagem ou moção de desconfiança aos seus atuais integrantes e, em consequência, o ímpeto de transformar o CNPCP em espaço endossatário das políticas, quaisquer que sejam, do Ministério (Portaria nº 81, de 19 de janeiro de 2017).

12. Esse papel de subserviência, é preciso dizer, não condiz com a história de quase quatro décadas do CNPCP e, principalmente, da missão institucional que ocupa o mais antigo Conselho do Ministério da Justiça. Não podemos, portanto, permanecer.

13. A atual política criminal capitaneada pelo Ministério da Justiça, a seguir como está, sem diálogo e pautada na força pública, tenderá, ainda mais, a produzir tensões no âmago de nosso sistema prisional, com o risco da radicalização dos últimos acontecimentos trágicos a que assistiu, estarrecida, a sociedade brasileira. Esperamos que dias melhores se avizinhem ao Brasil, porém, para tanto, a direção das políticas de governo na área penitenciária demanda mudanças.

Aproveitamos o oportuno para externar nossos votos de sucesso na política criminal a ser implementada. Estaremos sempre torcendo para que o melhor ocorra para e neste País.

ALAMIRO VELLUDO SALVADOR NETTO

Professor Associado do Departamento de Direito Penal, Medicina Forense e Criminologia da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Ex-Presidente da Comissão de Direito Penal da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional São Paulo. Advogado.

GABRIEL DE CARVALHO SAMPAIO

Advogado. Mestre em Processo Penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ex-Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça. Foi membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos. HUGO LEONARDO Advogado. Vice-Presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa-IDDD. Produtor Executivo do documentário “Sem Pena”.

LEONARDO COSTA BANDEIRA

Advogado. Mestre em Ciências Penais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY

Advogado. Mestre e Doutor em Ciências Penais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.

MARCELLUS DE ALBUQUERQUE UGGIETTE

Promotor de Justiça de Execução Penal do Estado de Pernambuco. Especialista em Ciências Jurídicas e Criminais. Professor de Direito Penal e Processual Penal. Mestrando em Educação. Coordenador do GAEP/MP-PE

RENATO CAMPOS PINTO DE VITTO

Defensor Público do Estado de São Paulo. Ex-Diretor-Geral do Departamento Penitenciário Nacional. Ex-Coordenador da Comissão de Justiça e Segurança Pública do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.

Fonte: Veja (Felipe Frazão)

Postado por ESPAÇO MILITAR

SENADORES DE SERGIPE NÃO DIRECIONAM VERBAS PARA MELHORAR A SEGURANÇA PÚBLICA.

Violência cresce, mas nenhum parlamentar de Sergipe destinou recursos ao setor


Mesmo diante da onda de violência instalada em Sergipe, durante o ano de 2016 os senadores sergipanos não direcionaram nenhum recurso para contribuir com a área. Conforme pesquisa feita pelo JORNAL DA CIDADE, no site do Senado, entre as 15 emendas que os senadores podem indicar, nenhuma garantiu verbas para o setor. Questionado pelo JC, o secretário responsável pela pasta, João Batista, foi categórico ao afirmar: “Recursos para a Segurança Pública fazem falta”.

O JC acompanha o cenário da insegurança e publica rotineiramente o balanço geral dos índices que apontam que está cada vez mais difícil viver de forma tranquila em Sergipe. A última matéria sobre a questão revelou que, apenas este ano, o Estado já registrou 60 casos de homicídios (saiu na edição do dia 19 de janeiro deste periódico).

Reaparelhamento das polícias, aquisição de armamento e patrulha, melhoria de infraestrutura de delegacias ou presídios, por exemplo, poderiam contribuir para a execução do serviço prestado – e poderiam constar nas emendas apresentadas pelos parlamentares. De acordo com o secretário de Segurança Pública (SSP), João Batista, que está há um ano no cargo, a vinda de recursos para Sergipe poderia ajudar a planejar estratégias de ação.

“Não temos nenhum recurso. Pela onda de violência, pela situação do Estado, qualquer recurso que venha é importante. Os repasses que nós temos hoje só cobrem os custeios e treinamentos e os que conseguimos adquirir foram oriundos do prestígio que o governador Jackson Barreto (PMDB) tem em Brasília”, desabafou.

‘Nunca me convidaram’

O secretário frisou também que a atuação da bancada sergipana seria de suma importância. “Mas, eu não vejo nada disso. Nunca me cobraram nada, nunca me convidaram para participar de algum debate e nem nunca me procuraram. Estou disposto a receber todos e poder somar forças. Desde de agosto do ano passado, me reúno com o Governo Federal para discutir o Plano Nacional de Segurança do qual Sergipe está inserido. Lá eu percebo como os recursos para a segurança pública fazem falta”, destacou João Batista.

Sem leis

Assim como a SSP, o Governo do Estado também confirma a ausência de recursos, na forma de emendas parlamentares, para segurança pública. O secretário de Comunicação, Sales Neto, lembrou ainda que os senadores poderiam apresentar leis para melhorar o sistema.

“Se não tem nenhum recurso e nenhuma emenda vindo, poderiam fazer a parte da legislação. A segurança é dever do Estado e obrigação de todos”, disse ele. 

Proposições de Amorim

Contudo, o senador Eduardo Amorim (PSC) encaminhou material para provar que possui ações relacionadas à Segurança Pública. Como consta na nota da assessoria de comunicação do parlamentar, durante todo mantado ele produziu cinco projetos de lei, entre 159 matérias que já estão tramitando nas comissões ou aguardando relatórios ou emendas dos demais senadores.

Para o ano de 2016, o senador Amorim afirmou que direcionou no orçamento R$ 250 mil para adequação de organizações militares do exército, onde teve o pleito arquivado. Ainda na nota da assessoria, o parlamentar fez indicação para este ano: construção do edifício sede da Procuradoria da República e sede da Justiça Federal em Lagarto, ampliação e estruturação do exército e política pública sobre drogas da Fazenda Esperança em Sergipe. Em 2017, as indicações já totalizam R$ 1 milhão. Mas não nenhuma emenda.

Ricardo Franco (DEM) e Virgínio de Cavalho (PSC) são suplentes da senadora Maria do Carmo (DEM), que passou todo o ano de 2016 licenciada, por estar ocupando o cargo de secretária da Assistência Social de Aracaju. Na pesquisa do JC, nada foi encontrado sobre emendas deles para segurança pública.

Valadares: “É papel do governo solicitar a verba”

Sobre a falta de recursos destinados à segurança pública de Sergipe, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) afirmou para o JC que “o governo está fugindo da responsabilidade”. Além da assertiva, o parlamentar também acrescentou que é papel do Governo Estadual solicitar verba necessária para atuar junto nessa questão.

De acordo com o senador, o governo federal tem dotação orçamentária e pode destinar à construção de presídios, renovação de frota, armamentos novos, por exemplo. “O governo tem que pedir, solicitar. Ou será que querem transferir a culpa do que acontece para os senadores e demais parlamentares?”, indagou.

Diferente do que expôs o Governo de Sergipe, Valadares garantiu que, neste momento, a questão da segurança está sendo lembrada e defendida por ele em dois projetos de lei que irão contribuir para o certame estadual e nacional.

As matérias têm previsão de votação no início das atividades do Senado, em fevereiro. “Sou autor do projeto referente à audiência de custódia, que vai interferir diretamente na melhoria do quesito da superlotação de delegacias e presídios, onde apresento a proposta do preso se apresentar para o juiz em 24 horas”, contou.

Valadares também expôs para o JC que é relator da Lei de Drogas. “Tenho uma interferência num artigo onde faço a definição de usuário de drogas e traficantes. Na minha avaliação, coloco que é considerado usuário quem faz o uso de droga em até cinco dias o que não acontece hoje em dia. Quando é preso, o usuário é colocado junto com traficante na mesma cela. Ou seja, podendo essa pessoa sofrer interferência na convivência, entrando usuário e saindo como traficante. Uma flexibilização que até o Supremo Tribunal Federal já faz para desafogar o sistema penitenciário. Defendo o mesmo”, esclareceu.

Durante a entrevista, o senador Valadares informou ainda que o Governo do Estado pode fazer pedidos de recursos este ano. “A reunião da bancada vai ocorrer em agosto. Posso dizer que até o momento não tem nenhuma solicitação para isso”, afirmou finalizando o assunto.

Fonte: Jornal da Cidade

Nota do blog: Quando é na campanha eleitoral todos os políticos dizem que a segurança pública será uma das prioridades em seu mandato, porém, ao passar a eleição, esquecem do que prometeram e não se importam com a segurança pública da população.

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2º CIA/5º BPM APREENDE ARMAS E DROGAS APÓS ASSALTO NO CONJUNTO JOÃO ALVES.


A Polícia Militar de Sergipe, por meio da 2ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar (2ª Cia/5º BPM), na manhã dessa terça-feira, 24, apreendeu droga e armas que foram abandonadas por um suspeito, no Conjunto João Alves Filho, no município de Nossa Senhora do Socorro, região da Grande Aracaju.

Por volta das 11h, a guarnição do Puma 03 estava fazendo ronda na localidade, quando foi solicitada por duas vítimas que trabalham numa via pública e acabaram de ser assaltados por um indivíduo que havia roubado seus pertences com uma arma de fogo. Os policiais saíram em busca e no momento que a viatura se aproximou, o infrator apontou a arma para a guarnição. Os policiais acharam necessário fazer alguns disparos, pois o indivíduo estava com duas escopetas, tipo garruncha, calibre 12.

Após os tiros, o suspeito se evadiu para um mangue próximo, abandonando as duas escopetas de fabricação caseira, os telefones celulares das vítimas, uma sacola plástica contendo 107 papelotes de crack e um valor de R$ 6,00.

A guarnição conduziu todo material apreendido para a 5ª Delegacia Metropolitana para serem realizados os devidos procedimentos.

Fonte e foto: PMSE

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GUARDA MUNICIPAL DE SOCORRO RECUPERA VEÍCULO COM RESTRIÇÃO DE ROUBO NA PIABETA.



Na noite desta terça feira (24), a GMS através do grupamento ROPE (Ronda Operacional), recuperou um veículo com restrição de roubo/furto na Piabeta.

Após receber denúncias de populares que um veículo foi abandonado, ao lado do Posto de Saúde, localizado na Piabeta, as guarnições Bravo 01 e Bravo 02, saíram em diligência até o local e constataram que se tratava de um veículo FIAT UNO/MILLE, placa HZG-5567, cor vermelha, furtado desde o último domingo dia 22/01/2017, na feira livre do Conjunto Bugio, em Aracaju, onde sua proprietária comercializava seus produtos.

Foi pedido apoio do Papiloscopista da SSP/SE, Jefferson, que contribuiu para identificar, localizar e entrar em contato com a proprietária do veículo para informá-la de que o mesmo havia sido encontrado.

Os GMs entraram em contato com o serviço de guincho para remover o veículo e levá-lo até o pátio da 3° DEPLAN.

Não foram realizadas prisões, pois os meliantes não foram encontrados no local.

Fonte: Ascom GMS

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POLÍCIA X BANDIDO.


Pra ser PM você tem que estudar muito, passar num concurso concorrido, fazer curso de formação por um ano, estudar muito, tirar plantão, fazer faxina, estudar mais.
Pra ser preso basta você roubar, matar, traficar...
O PM trabalha horas, noites, madrugadas, feriados, tem dias que malmente consegue comer por causa do número de ocorrências. O preso come, dorme, toma banhos de sol e não trabalha. 
O PM se for pego dormindo em serviço é punido severamente, o preso dorme a hora que quer.
O PM tem que trabalhar muito pra sustentar sua família. O preso ganha auxílio reclusão pra comer e dormir. 
Se um PM entra na casa de alguém é abuso de autoridade, vai ser punido mais uma vez. Se o preso entrou na casa de alguém vai pra audiência de custódia e quem sabe sai ileso, livre, leve e solto. 
Na audiência de custódia o preso é questionado se foi bem tratado e se não apanhou dos PMs. Se um PM apanhar de um preso, pode ter certeza não vai dar em nada. 
PM é porco, preso é vítima da sociedade. 
Mãe de PM não sofre a perda do filho. Mãe de preso aparece na TV pedindo justiça. 
PM morto em serviço é estatística. 
Preso morto em cadeia é selvageria.
Viúva de PM não recebe indenização quando o PM é morto cumprindo seu dever. Família de preso recebe flores, um espaço no jornal nacional e a indenização que a família de PM não recebeu.
PM não pode fazer greve. Preso faz rebelião, queima colchão e ganha um novo. 
Ser PM é uma escolha, ser preso também.
Servir e proteger é uma escolha. Matar, traficar e roubar também. 
Ser PM neste país deveria ser sinônimo de heroísmo, mas no Brasil ser PM é ser vilão e ser preso é ser coitado e receber proteção. 

Se eu não amasse tanto o que eu faço já teria desistido de ser policial neste país, mas o que ainda me sustenta é a consciência que perante Deus eu escolhi o lado certo!

Autor desconhecido

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EXCELENTE ANÁLISE DO CORONEL PMESP RR JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO*, ANTE O ATUAL CENÁRIO CRÍTICO DA SEGURANÇA PÚBLICA DO BRASIL.


Nossas autoridades parecem donzelas assustadas com o vento. Não sabiam o que acontecia nos porões dos governos? Em 2012, “no governo da saudosa Dilma, ocorreram 121 rebeliões, 20.310 fugas e 769 presos mortos.” Não sabiam? E os mais de “500 presos mortos em 2015”, sabiam? Vão mandar as forças armadas para consertar o passado do qual nem se lembram? E parem de assustar a platéia brasileira com os temores nascidos da assombração de “bandidos descalços e de bermuda”. Esse é o crime organizado que temem?

E agora o mantra da vez: "prendemos muito e prendemos mal". E vamos “soltar todos que pudermos para dar folga aos presos sufocados.” E “deixar a platéia brasileira sufocada com mais bandidos nas ruas.” Claro que deviam criar vagas, mas vamos lembrar que “bandidos soltos custam muito mais que os presos.”

Escrevi um artigo em maio de 2015 sobre esse assunto:

Prender é controlar o crime

Recentemente uma socióloga mencionou na imprensa que o estado de São Paulo pratica “uma política de encarceramento em massa” o que fortaleceria o controle das prisões pelo PCC que, segundo ela, teria ainda “ampla hegemonia em prisões e bairros periféricos das cidades paulistas”. São teses alucinantes.

O que seria essa política de encarceramento em massa? Esse clichê sem explicações sugere algo como as prisões de judeus nos campos de extermínio nazistas. De fato, em 2015 a polícia paulista prendeu 217.333 delinquentes, sendo 25.503 menores de 18 anos. Não foram meros suspeitos: cerca de 70% dessas prisões ocorreram quando os bandidos estavam cometendo crimes e o restante eram bandidos condenados pela justiça que foram abordados no policiamento. Onde entra a política de encarceramento em massa? “O policial pode se omitir ao constatar alguém cometendo crime? O juiz pode deixar de condenar um criminoso pela prática comprovada de crime? E os criminosos não devem ir para os presídios se a pena determina essa punição?” A ideia de que o PCC domina as periferias das cidades do estado é só mais uma ilação que os serviços de inteligência desacreditam por constatar grandes áreas do estado sem atividade da facção. “Todo agrupamento criminoso merece cuidadoso monitoramento”, mas não se pode fantasiar um poder sobre o crime organizado e desorganizado que o PCC não tem. Será que os estimados um milhão de criminosos à solta seriam dominados pelos três mil (0,3%) filiados à facção?”

“São Paulo tem índices crescentemente baixos de violência justamente porque prende mais.” O índice de homicídios em São Paulo chegou a menos de 9 casos por cem mil habitantes - um terço da taxa nacional - “justamente porque tem quase o dobro da eficiência nacional em prender criminosos que agridem a sociedade.”
Ainda persiste o raciocínio “ingênuo de que se a polícia prevenir bem não precisará prender e que bons programas sociais seriam mais eficientes que as ações policiais.” Ora, a “função da polícia não é fazer prevenção bancando o espantalho de bandidos nas esquinas, mas intimidá-los, reduzindo inteligentemente seu espaço de atuação e prendendo ao surpreendê-los na prática criminosa ou por decorrência de investigação.”

Na multidão de criminosos pelas ruas muitos são “psicopatas incuráveis que ameaçam a sociedade e para eles não há programa social que resolva.” São Paulo provou que os remédios mais urgentes para reduzir a violência são o “policiamento inteligente que coloca policiais em áreas de maior incidência e a ampliação da capacidade de resposta da polícia e da justiça.” Os criminosos reincidentes e violentos precisam de “incapacitação por penas longas e regimes severos,” enquanto os praticantes eventuais e iniciantes precisam de resposta rápida e mais branda. “Nenhum crime deve ficar sem punição, do assaltante de esquina ao funcionário público corrupto.” O governo lulopetista fez muito discurso social em favor dos pobres e dos direitos humanos, mas quase nada fez para mitigar o sofrimento nas masmorras medievais onde se espremem mais de 600 mil presos para pouco mais de 300 mil vagas. “Prender também é solução, mas é preciso investir nas vagas que servem para contenção dos criminosos em nossas cidades e esse investimento não vem sendo feito.”

Os presos custam caro à sociedade – cerca de “três a quatro mil por mês” cada preso -, mas poucos mencionam o “custo da violência para o país: 256 bilhões de reais ao ano, segundo cálculos do IPEA.” Custear preso é o preço a pagar para não tê-los em nossas ruas. Não há no planeta violência mais boçal do que a brasileira. Nos cinco anos do governo Dilma foram assassinados quase 300 mil brasileiros, metade deles jovens e pobres. Outros 250 mil foram esmagados na impunidade do trânsito. Essa foi a pior indecência do governo recentemente defenestrado: reduzir a pobreza pela redução da vida dos pobres.

*José Vicente da Silva Filho é Coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de
São Paulo, mestre em psicologia social pela USP, ex-secretário nacional de segurança pública.

Colaborador: Tenente Coronel Sílvio César Aragão – Chefe do Departamento de Ensino e Instrução da PMSE.

Fonte: Blog do jornalista Cláudio Nunes

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COMISSÃO REJEITA RESERVA DE VAGA PARA MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS EM CONCURSO NA ÁREA DE SEGURANÇA.

Para Fraga, proposta viola o princípio da isonomia

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado rejeitou o Projeto de Lei 4367/16, do deputado Cabo Daciolo (PTdoB-RJ), que assegura aos militares das Forças Armadas na ativa 20% das vagas disponíveis em concursos públicos na área de segurança pública de todo o País.

O parecer do relator, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), foi contrário à proposta. “A instituição da reserva de vagas representaria um tratamento discriminatório, violando a regra da isonomia”, argumentou.

Além disso, na visão do relator, caso o projeto fosse aprovado, a medida ensejaria significativos prejuízos às Forças Armadas, pois “incentivaria a evasão de militares da ativa, que teriam facilitada sua aprovação em concursos públicos”.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

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PRESO ASSASSINO DO ENGENHEIRO E PROFESSO NICANOR.


Na tarde desta terça-feira, 24, a polícia apreendeu no interior do Estado o adolescente que matou o engenheiro, professor e ex-coordenador da Defesa Civil Nicanor Moura.

Nicanor foi morto quando fazia doações na creche de Almir do Picolé, na Piabeta, em Nossa Senhora do Socorro.

José Carlos dos Santos Filho, 18, foi preso em Nossa Senhora das Dores.

Fonte: NE Notícias

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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

ATENÇÃO ASSOCIADOS DA AMESE SOBRE MUDANÇA NO HORÁRIO DO PLANTÃO DA DRA. PAULA NIKITA.


Avisamos aos associados da AMESE sobre a mudança no horário do plantão da Dra. Paula Nikita, advogada da área cível da entidade, cujo plantão ocorreria nesta quarta, dia 25 das 14 às 17 horas, por motivo pessoal do citado causídico, foi mudado o horário do seu atendimento que passa a ser fixado das 13 às 16 horas, agradecendo desde já pela compreensão.

COM O AUMENTO DA VIOLÊNCIA, O TEMA SEGURANÇA PÚBLICA ESTÁ NA BOCA DO POVO!

Arte do chargista Clécio Barroso, sendo permitida a reprodução da charge sem alterações

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3º BATALHÃO PRENDE INFRATOR POR CRIME DE FRATRICÍDIO.


O 3° Batalhão prendeu nesta segunda-feira, dia 23, o infrator identificado como José Antônio Barreto dos Santos, após ter cometido o crime de homicídio, tendo como vítima seu próprio irmão.

A equipe do Guepardo 03 foi acionada pelo COPOM do 3° BPM para averiguar uma denuncia de tentativa de homicídio na rua Cel Serão, n° 272, em Itabaiana.

Ao chegar ao local indicado, a equipe de serviço encontrou José Antônio com uma faca em punho e realizou a sua detenção.

Após entrar na residência, a equipe encontrou no quintal da casa a vítima agonizando com perfurações na altura do tórax.

Foi acionado o SAMU para atendimento à vítima, mas não resistiu e foi constatado o óbito. A vítima foi identificada como Sidnei Barreto dos Santos, irmão do autor do homicídio.

O autor confessou o delito e que golpeou o irmão com uma faca peixeira após uma discussão.

O autor e a arma do crime foram encaminhados à delegacia regional de Itabaiana para formalizar a prisão em flagrante delito.

Em respeito à família, o 3° BPM não divulgará fotos.

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POLICIAIS MILITARES COMPRAM MATERIAL ESCOLAR PARA MENINO QUE ACHOU MOCHILA NO LIXO EM GOIÁS.

Soldados deram "kit" a menino que procurava material escolar no lixo em Rio Verde (GO)

Dois soldados da Polícia Militar de Rio Verde (a 247 km de Goiânia), estavam em serviço de radiopatrulha quando encontraram um menino removendo o lixo em busca de material escolar em frente a uma empresa que compra sucata. Denilton Souza, 28, e Paulo Henrique Aires, 27, foram surpreendidos com a alegria de Gabriel, de apenas seis anos, ao encontrar uma mochila azul rasgada. Emocionados, decidiram fazer uma surpresa ao garoto e compraram roupas, um par de tênis e diversos objetos para a escola.

Na última segunda-feira (16), por volta das 8h, Gabriel fazia companhia para a avó, Zilda Silva, que aguardava uma empresa que compra materiais recicláveis - já que a renda da família vem de lá. Após encontrar o garoto, a surpresa dos PMs ocorreu no mesmo dia: no começo da noite, a dupla foi até a casa da família entregar os materiais escolares.

A solidariedade dos profissionais começou com uma pergunta do soldado Denilton Souza. Curioso. Ele questionou a criança o que faria com a mochila, que já estava destruída.

No kit presenteado pelos PMs, estava um par de tênis

O policial conta que ficou emocionado com o garoto por lembrar as dificuldades que passou na infância. Desde os sete anos, Denilton vendia jujuba, picolé e até engraxava sapatos para comprar cadernos e livros para a escola. "Eu não vim de uma família rica, né? Então sempre soube que estudar era minha única opção e ser policial sempre foi meu sonho. Em frações de segundos, segurando a mochila, foi possível recordar de tudo isso", disse ao UOL.

Em uma visita ao comércio da região, os policiais conseguiram arrecadar lápis de cores, canetinha, apontador, tesoura, régua e cola. Além disso, os soldados também doaram uma caminhonete de brinquedo com a caracterização da Polícia Militar. A surpresa só foi possível com a ajuda de comerciantes na região que doaram vários materiais.

"Ficamos muito felizes em ver os brilhos nos olhos do Gabriel ao receber todos os presentes e sem dúvida foi muito gratificante em saber que ajudamos uma pessoa tão importante. Com certeza mudamos algo para o futuro dele", disse Paulo Henrique. Segundo a avó, as aulas de Gabriel iriam começar na próxima semana e ele só tinha um apontador de lápis que havia ganhado de uma vizinha.

"Agradeço muito aos policiais militares. Felizmente, meu neto vai conseguir estudar com dignidade. Ficamos muito emocionados, principalmente o Gabriel que é encantado com a PM", disse a avó.

O garoto estuda no segundo ano do colégio público "Dona Gercina", dedicado a alunos especiais. O menino é hiperativo e toma medicação controlada.

Foto: UOL (Jéssica Nascimento)

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TAPA NA CARA CRIA UM PM MELHOR? FORMAÇÃO DE SOLDADOS É ALVO DE CRÍTICAS POR ABUSO DE PODER.


Dia de formatura.

O mantra vem alto, forte:

“Polícia Militar, sob a proteção de Deus. Compromissada com a defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana”.

A voz uníssona dos mais de 2.000 novos soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo toma o Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte da capital. No lugar do festival de cores do Carnaval, a avenida recebe uma massa alinhada de fardas cinzas. No meio dessa coreografia está Mônica Portela, 26. Filha de militar e formada em rádio e TV, ela decidiu usar sua habilidade para comunicação em benefício da corporação que aprendeu a respeitar ainda dentro de casa.

Quem também está no local, mas no alto do palanque, é o coronel aposentado Paulo Telhada. Polêmico e símbolo da bancada da bala, o hoje deputado estadual assiste à cerimônia ao lado de figurões como o governador Geraldo Alckmin, o vereador e ex-tenente da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Conte Lopes e o jornalista Reinaldo Azevedo - escolhido como paraninfo da turma.

Não muito longe dali, em Santana, João*, 23, estuda para prestar o concurso da corporação e ser também uma nova cara da PM – se tudo der certo, futuramente ele participará de uma cerimônia como a do sambódromo. Filho de um psicólogo e de uma nutricionista, ele sempre teve interesse em segurança pública. Se conseguir entrar, João diz que sonha em mudar a imagem de “violenta” e de “espírito ligado à ditadura” que a PM possui.

A questão apontada pelo jovem candidato talvez seja um dos maiores desafios da nova geração. Publicado em 2016, o 10º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública informa: 70% dos brasileiros acham que as polícias, tanto militar como civil, exageram no uso da violência. Já 59% dizem ter medo de serem vítimas de policiais. O receio se justifica pelo índice de letalidade: só em 2015, 3.345 pessoas morreram no país vítimas de intervenções policiais (mortes por reação do policial em matar alguém durante uma ocorrência, dentro ou fora do horário de trabalho). 

OS CANDIDATOS

É a primeira vez que João presta o concurso. Ele havia se inscrito em um cursinho preparatório, mas decidiu sair e estudar por conta própria depois de descobrir que poderia sujar sua imagem. “O cursinho é bem plural, tem playboy, cara da periferia, mulheres negras. É bem dividido. O pessoal do fundo é mais branco, que vem de escola particular, e o da frente é mais de periferia, que precisa estudar. Eu fiquei sabendo que quem faz [cursinho] acaba não passando, porque eles fazem um ‘preparo’ e readaptam você para passar no teste psicológico”. Esse “preparo”, de acordo com João, é o gabarito das provas psicológicas, ensinando como reagir durante os testes.

O sargento Francisco Alexandre Filho tem uma escola preparatória e confirma que alguns cursinhos fraudam a seleção. “Existem cursos que ensinam a burlar o sistema, a como fazer os desenhos do teste psicológico. Isso para mim é uma agressão à instituição, porque coloca a vida do cara em risco”, afirma. Essa etapa analisa o perfil psicológico do candidato por meio de testes de inteligência, personalidade e entrevista. Com média de 60 alunos em duas unidades (Santana e Mogi), o sargento diz que a maioria dos seus alunos é de classe média baixa e quer atuar na Força Tática ou na Rota.

“[A Rota] É uma corporação exemplar, que atua bem e põe fim na bandidagem”, acredita o candidato Fábio*. Ele também é estreante no concurso. Os motivos que o levaram a escolher essa carreira estão dentro de casa. Seu pai se candidatou para entrar na Polícia Militar de Pernambuco, mas não passou por causa da altura.

Essa influência familiar faz historicamente parte da PM. “É muito comum que existam gerações em que o avô e o pai foram policiais e o filho tem essa missão. A impressão é que, por conta disso, você tem pouca oxigenação de outras pessoas interessadas em ingressar na corporação”, afirma Bruno Langeani, coordenador da área de sistemas de justiça e segurança pública do Instituto Sou da Paz.

O TREINAMENTO

Mônica Portela estudou um ano na Escola Superior de Soldados Coronel PM Eduardo Assunção, em Pirituba, região noroeste de São Paulo. A instituição é considerada a maior e principal sede de formação da Polícia Militar paulista - recebe até 1.800 soldados e fiscaliza os cursos das outras 36 unidades formadoras. Na turma de soldados formados em novembro, apenas 13,6% são mulheres - 300 diante de 1.989 homens.

De acordo com o capitão Eduardo Cruz, porta-voz da Escola Superior de Soldados da PM, existia uma divisão de quadros de trabalho entre homens e mulheres. Cada um tinha sua função. “Hoje, todos entram pela meritocracia. Talvez pelo desenrolar histórico da coisa e como sempre tinha mais vagas masculinas, a procura dos homens sempre foi historicamente maior”, afirma.

Os seis primeiros meses do curso são básicos, com aulas de direito penal, ordem unida (exercícios de formação de marcha, de parada ou reunião dos membros da tropa), normas internas e educação física. No semestre seguinte, fica mais específico. Os estudantes vão para a rua ao lado de instrutores para se habituarem com o policiamento. Os aspirantes começam a cobrir áreas com baixo potencial de criminalidade para que, gradativamente, possam atuar em regiões com mais crimes. “No começo foi difícil”, confessa Mônica. “Nas atividades de resiliência, você é colocada diante de várias situações. Hoje eu tenho plena consciência do que é passar fome e frio, mas no fundo você aprende a valorizar coisas simples, como estar em casa com a família”, completa.

Essa etapa de formação é alvo de críticas por treinamentos excessivos, abuso de poder e hierarquização autoritária - há até acusações de tortura. “O que é tortura e o que é pressão? Você precisa criar um ânimo no policial de ir para a ocorrência e sacrificar sua própria vida para defender a população. Você tem que passar por treinamentos controlados e por algumas pressões de psicofadiga controladas com psicólogos", afirma o capitão Cruz.

Mas a pressão não é o único alvo de críticas no processo de formação dos jovens policiais. “Em mais de 6.000 horas de carga horária, apenas 90 horas eram sobre direitos humanos. O conteúdo não atendia às necessidades, os temas eram inadequados e não atingiam os alunos para refletir sobre o que são os direitos humanos e como deveria ser sua atuação”, afirma Adilson Paes de Souza, tenente-coronel da reserva da PM e mestre em Direitos Humanos pela USP (Universidade de São Paulo).

Atualmente, a carga horária anual dos alunos da Escola Superior de Soldados é de 1.963 horas - a disciplina Direitos Humanos totaliza 58 horas, 2,9% do total. Tiro defensivo, por exemplo, soma 185 horas (9,4%). Mas há quem considere até demais. Para Fábio, por exemplo, pessoas dos “direitos humanos se preocupam somente em defender bandidos. Deveria ser chamado ‘direito do bandido’. Morre um criminoso, caem em cima. Morrem três, quatro policiais, não se vê nada”, afirma o candidato a PM.

Um dos pontos básicos para o tenente-coronel Souza considerar a formação ineficiente é a independência do sistema de ensino militar em relação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A Constituição de 1988 declara que o ensino militar é regulado em lei específica. “Por isso, prevalece o ‘bandido bom é bandido morto’. O ensino é deficiente porque a sociedade não participa da formação dos policiais. Ela não tem acesso ao currículo. [A sociedade civil] É como o inimigo que não pode saber informações da minha tropa”, reclama. Em dezembro de 2013, o governo Alckmin havia imposto sigilo de 15 anos para os “currículos de educação profissional” dos PMs, além de proibir a divulgação de 22 manuais sobre o treinamento dos policiais. Pressionado, o governador revogou a decisão em outubro de 2015.

Mesmo sob análises negativas, a formação da PM paulista também recebe elogios. “O tempo de formação, tanto dos praças quanto dos oficiais de São Paulo, é um dos maiores do Brasil. Isso precisa ser elogiado, porque um maior tempo de formação tem uma importância direta na prática”, diz Langeani, do Instituto sou da Paz. A maioria das escolas de polícias de outros estados forma seus profissionais em seis meses, metade do período de São Paulo.

OS SOLDADOS

Depois de formado, o policial deixa de ter o mesmo acompanhamento que tinha enquanto estudante. Passa a trabalhar ao lado de um policial mais experiente. Ganha um parceiro. E é nesse ponto que todo o aprendizado pode ir pelo ralo. Assim como em qualquer profissão, os mais velhos tendem a passar vícios e atalhos - o detalhe é que os PMs lidam com a segurança da sociedade.

“É muito comum que os PMs digam coisas do tipo ‘esquece tudo o que você aprendeu na academia, aqui é diferente’”, alerta Langeani. O deputado Telhada, cujo grupo na Assembleia Legislativa tem por hábito contestar ações da Ouvidoria da Polícia, também critica policiais mais velhos: “Quando chega um recruta vibrando, [o PM mais experiente diz:] ‘Ô, recruta, calma, a pegada é outra, deixa os caras se esfaquearem e depois a gente pega e socorre’. O vagabundo ensina o que é errado para o recruta, mas ele está lá porque o sistema permite”.

Telhada se formou tenente aos 22 anos. Aos 24, ele matou pela primeira vez. “Foi ali na rua Turiassú, 2077. Dia 25 de novembro de 1985, às 5h25 da manhã. 12 reféns, quatro vagabundos, na época armados fortemente com umas escopetas calibre 36”. Na troca de tiros, ele acertou um dos criminosos. A operação resultou em dois mortos e dois presos - os reféns saíram ilesos.

O episódio, diz Telhada, marcou sua vida, mas não resultou em seu afastamento - o que viria a acontecer várias vezes em seus anos de serviço por causa de sua conduta. Já na PM do século 21, o afastamento é comum. Segundo dados da assessoria de imprensa da Polícia Militar atualizados até 31 de outubro, 5.329 PMs foram afastados do trabalho em 2016 por problemas de saúde - a instituição não detalhou a origem dos males. Em 2015, foram 6.618 afastamentos.

Entusiasta do rearmamento da população, Telhada afirma ter perdido as contas de quantas mortes foi responsável. Publicamente, sabe-se de 36 pessoas. Mas ele confessa: “É um pouquinho mais”. Perguntamos se havia uma conta atualizada. “Vou te falar a verdade: eu nunca contei, [juro] por Deus que está no céu.”
Esse tipo de discurso, adotado por parte da corporação, fez o medo provocado pela PM crescer no país: de 48% em 2012 para 62% em 2015, conforme pesquisa Datafolha. “A figura do inimigo a ser combatido persiste desde a ditadura”, afirma o tenente-coronel Souza. “O inimigo não é mais o subversivo [da época do regime militar], é quem infringe a lei e mora em determinada localidade”, completa.
Os negros são os que dizem ter mais medo de policiais militares: 71%. O número de PMs brancos (64%) é maior que o de negros, mas segue a média do Estado de São Paulo - 63,9% da população se declara branca.

Se a lógica é de combate, o número de mortes do lado da polícia também é significativo: entre 2009 e 2015, os policiais brasileiros morreram 113% mais em serviço do que os policiais americanos. Foram 733 policiais mortos no Brasil contra 344 nos EUA. De acordo com o 10º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as mortes no Brasil ocorrem três vezes mais fora do serviço do que no trabalho.

Existe alguma chance da nova geração mudar essa realidade? Mônica pensa em investir no trabalho de base. “Está dentro de mim trabalhar com projetos sociais, principalmente o Proerd [Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, aplicado em jovens do 5º ano do Ensino Fundamental].”. João sonha alto: “Meu sonho é transformar a PM em patrulhamento militar. Você tira o poder de polícia do militar e depois transforma em patrulhamento municipal, porque daí você tem um controle mais focado no município”. Mas ele não descarta abrir mão dos seus princípios enquanto for novato. “Eu vou ter que ficar quieto lá dentro. Eu sei o que acontece: você vai ver o cara sendo chutado e não vai poder falar ‘Para!’ ‘para!’. Ou eu viro as costas ou, se os caras mandarem, eu vou ter que fazer também”.

*Os nomes dos estudantes que estão tentando entrar no concurso da PM foram trocados


Colaboraram nesta edição:
Fred Di Giacomo Rocha, coordenação e edição, e Steph Minucci, apoio de reportagem, agência Énois Inteligência Jovem. 
tabuol@uol.com.br

Fonte: UOL

Postado por ESPAÇO MILITAR