domingo, 6 de outubro de 2019

Sargento da Polícia Militar do Tocantins atira na própria cabeça e deixa mensagem em rede social

O militar chegou a ser socorrido e encaminhado para o hospital, mas não resistiu.

Samuel Vieira estava na PMTO desde 2005 / Foto: Arquivo pessoal

O sargento da Polícia Militar do Tocantins Samuel dos Santos Vieira tirou a própria vida nesta sexta-feira (4) na cidade de Divinópolis, região central do Estado, com um disparo de arma de fogo no ouvido.

O militar chegou a ser socorrido e encaminhado para o hospital da cidade, mas não resistiu. Os motivos que o levaram a tirar a própria vida ainda são desconhecidos.

Ele estava na PMTO desde janeiro de 2005, ocupava atualmente o posto de 3º sargento e trabalhava no Batalhão Ambiental.

Antes de cometer o ato trágico, Vieira deixou um recado para sua família e amigos numa rede social. "Seja fiel a Deus. Aos filhos, crianças, perdão. Amo meus filhos, porém fui fraco na decisão da vida. Estudem, mas lembrem que vocês têm família. Obrigada a todos pelo apoio. Pai e mãe, vocês não são culpados. A vida que escolhi me fez chegar até aqui. Amigos, obrigada por tudo. Família, amo vocês", postou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de caso geralmente está associado a transtornos como a depressão. De acordo com dados do Movimento Setembro Amarelo, nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. O dado indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequada.

A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade.

Como buscar ajuda

O Centro de Valorização à Vida (CVV) é uma das ONGs mais antigas do país. Fundada em São Paulo em 1962, atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio do telefone 188, e também por chat, e-mail e pessoalmente.

Após a implantação do telefone 188, por meio de acordo com o Ministério da Saúde, que garantiu gratuidade da tarifação telefônica, o órgão registrou cerca de 3 milhões de atendimentos por ano.

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