segunda-feira, 2 de abril de 2018

"MEUS PAIS ESTÃO ARRASADOS", DIZ IRMÃO DE MAIS UM POLICIAL MILITAR MORTO NO RIO DE JANEIRO.

Raphael de Oliveira Monteiro, de 30 anos, levou um tiro na cabeça nesta sexta-feira após ser ferido durante patrulhamento nas proximidades do Morro da Pedreira, na Pavuna

Cabo Raphael de Oliveira morreu ao levar um tiro na cabeça durante patrulhamento em Rocha Miranda - Reprodução

Rio - O irmão e alguns amigos do cabo Raphael de Oliveira Monteiro, de 30 anos, estiveram no Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, para identificar o corpo do policial militar, na manhã deste sábado.

Raphael morreu ao levar um tiro na cabeça durante patrulhamento na Avenida Martin Luther King, nas proximidades do Morro da Pedreira, na Pavuna, Zona Norte da cidade, na noite desta sexta.

"Os meus pais estão arrasados. Meu irmão amava o que fazia, estava na Polícia Militar há oito anos e estava preocupado com a escalada de morte de policiais no estado. Ele deixou um filho de apenas 3 anos", disse Rômulo Araújo, funcionário público, irmão de Raphael.

Abalado, Rômulo lamentou a morte do irmão e também se mostrou preocupado com a violência. "Não posso falar muito. Moro em comunidade. Mas é complicado. Todo mundo está preocupado com a violência. O Rio de Janeiro do jeito que está...", afirmou. 

"Meu irmão era muito gente boa, curtia muito. Vai fazer muita falta", completou.

O policial militar será velado na capela 3 do cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, a partir das 14h30. O sepultamento está marcado para às 16h deste sábado.

O Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil para quem oferecer informações que levem a prisão dos acusados de matarem o policial. 

Relembre o caso

O policial militar Raphael de Oliveira Monteiro, de 30 anos, levou um tiro na cabeça e morreu, na noite desta sexta-feira, após ser ferido durante patrulhamento na Avenida Martin Luther King, nas proximidades do Morro da Pedreira, na Pavuna, Zona Norte. De acordo com o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, para onde o cabo foi levado, Raphael sofreu uma parada cardiorrespiratória. Médicos tentaram reanimá-lo, em vão. A morte foi constatada às 19h20.

O cabo Bruno Marazo também foi atingido no ataque. Ele foi ferido por estilhaços no braço e na mão, e não corre risco de vida. De acordo com a Polícia Militar, os PMs se depararam com bandidos em motocicletas quando foram atacados. A viatura em que eles estavam teve um dos pneus furados pelos tiros e os policiais acabaram baleados e socorridos por uma viatura do 9°BPM (Rocha Miranda) que passava pelo local. Os praças foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rocha Miranda, mas acabaram transferidos para o Albert Schweitzer.

Raphael era casado e deixa um filho de quatro anos. Com este caso, o número de policiais mortos este ano no estado do Rio chega a 31.

Homenagem a colega morto

No dia 8 de dezembro, Raphael fez uma homenagem para cabo Eduardo Deniz da Silva, da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Arará/Mandela, que morreu após ser baleado no peito. Silva estava na Avenida Dom Hélder Câmara, na Zona Norte do Rio, quando foi ferido durante uma tentativa de abordagem.

Na publicação Raphael escreveu: “Foi um grande prazer te conhecer e conviver ao seu lado, meu irmão. Por destino e vontade de Deus você partiu na frente. Em breve estaremos juntos de novo”.

Fonte: O Dia (Rafael Nascimento)

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