Agentes dos EUA trocaram informações com delegacias do Rio; extradição é considerada complexa, já que Barbieri é naturalizado norte-americano
Divulgação/Policia Civil-RJ
Segundo autoridades, armas enviadas pelo traficante eram revendidas por até R$ 50 mil
Apontado como o maior traficante de armas do Brasil, Frederik Barbieri foi preso na madrugada desse sábado (24), em Miami, nos Estados Unidos. A prisão foi realizada por agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas dos EUA. Na operação, autoridades norte-americanas conseguiram interceptar 40 fuzis que seriam enviados para o Brasil.
Segundo informações do jornal O Globo , as autoridades norte-americanas realizaram uma troca de informações com a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, ambas no Rio de Janeiro. Os investigadores brasileiros foram até Miami para compartilhar dados sobre a atividade do traficante e realizar análises com as agências locais.
Ainda que o comércio de armas seja permitido nos EUA, Barbieri não era um negociante regularizado no país. Por esse motivo, foi preso como contrabandista. Para o delegado Fabrício Oliveira, titular da Desarme, a prisão acaba com o esquema de envio de armas de guerra dos EUA para o Brasil.
"Acreditamos que, com a prisão de Barbieri, a organização criminosa está desmantelada", disse. De acordo com o delegado, a troca de informações entre as polícias foi essencial para realizar o rastreamento de parte dos fuzis apreendidos no Brasil. No Rio de Janeiro, as armas chegavam a ser revendidas por R$ 50 mil.
Em maio de 2017, Barbieri foi acusado de ter enviado para o Brasil 60 fuzis escondidos em uma carga de aquecedores de piscina. As apreensão das armas, que só poderiam ser utilizadas por tropas de elite, foi a maior dos últimos dez anos no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
O traficante também é acusado em uma ação movida pelo Ministério Público Federal da Bahia em fevereiro de 2015. Ele foi acusado de ser responsável pelo envio de munições e acessórios para fuzis de uso restrito de Miami para o Rio de Janeiro, sem permissão das autoridades legais. Apesar de ser apontado como o responsável pelos crimes, Barbieri não pode ser extraditado facilmente, já que é naturalizado norte-americano.
Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2018-02-24/prisao-traficante-armas-rio.html
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