Investigação que antecede qualquer prática desses crimes e troca de informações entre instituições de segurança pública resultou no marco positivo.
Como resultado do trabalho investigativo e da troca de informações em tempo real com as equipes de policiamento no estado, Sergipe não registrou em 2023 crimes ligados ao ‘Novo Cangaço’, que reúne grupos criminosos fortemente armados e com veículos de alta potência para crimes contra instituições financeiras. O dado faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, publicação feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta quinta-feira, 18.
Em Sergipe, os casos envolvendo crimes praticados com alto poderio bélico e envolvendo instituições bancárias - assim como aqueles praticados pelos grupos criminosos que integram o ‘Novo Cangaço’ - são investigados pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil.
O diretor do Cope, delegado Dernival Eloi, atribuiu a ausência desses crimes - que giram em torno do alto poderio bélico - em Sergipe à política de apuração de investidas criminosas pelo Cope, incluindo a troca de informações com as unidades da Polícia Militar, que estão estrategicamente distribuídas no estado.
Dentre as estratégias adotadas pelo Cope, está a investigação prévia, ou seja, antes mesmo de que uma eventual ocorrência venha acontecer em Sergipe. “A cultura anterior era de que se esperava a explosão acontecer para desencadear o trabalho investigativo, o que demorava na elucidação dos fatos”, relembrou.
“Passamos a adotar dois pilares com relação a esse tipo de investigação. Nossa Divisão de Inteligência é diretamente subordinada ao Cope, e também atuamos em conjunto com a Polícia Militar, então a troca de informação de inteligência é rápida, possibilitando resultados satisfatórios”, acrescentou Dernival Eloi.
Novo Cangaço
O 'Novo Cangaço' faz alusão a uma forma de banditismo que teve como símbolo Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938), o Lampião. A modalidade de crime vai além da explosão de agências e caixas eletrônicos em pequenas cidades, quase sem forças policiais no interior do país, chegando a causar uma grande ameaça à segurança nacional. A prática está atrelada à dominação de cidades com criminosos que planejam dias e horários para os ataques, subjugam forças policiais e utilizam carros blindados, explosivos e drones.
Fonte: ASCOM/SSP/SE
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