Taxa de mortes violentas apresentou queda de mais de 64%, o que levou a capital e o estado aos patamares de locais com qualidade de vida no país
Em levantamento inédito divulgado pelo jornal O Globo, Sergipe e Aracaju conquistaram o posto de estado e capital com as melhores qualidades de vida na Região Nordeste. Dentre os indicadores que avaliam a qualidade de vida nos mais de 5,7 mil municípios brasileiros, está o de Segurança Pública. Nesse componente, é avaliado o dado de taxa de homicídio – que representa a quantidade de mortes por 100 mil habitantes. O levantamento, que leva em consideração o Índice de Progresso Social (IPS).
É no quesito taxa de homicídios que Sergipe apresenta uma performance positiva, ao registrar uma tendência de queda que vem desde 2016 – ano em que houve alta nos indicadores de violência no estado.
A taxa de crimes violentos saiu de 57,64 mortes por 100 mil habitantes – em 2016 – para 20,41 mortes por 100 mil habitantes – em 2023. No período da taxa de mortes violentas caiu 64,6%, conforme o levantamento feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da SSP (CEAcrim).
Em avaliação recente feita pelo coordenador do Atlas da Violência, importante estudo sobre violência no Brasil, o doutor em Economia pela PUC do Rio de Janeiro, Daniel Cerqueira, analisou a queda dos homicídios em Sergipe desde 2016, como um caso que merece destaque a nível nacional.
“Sergipe é um caso muito interessante, porque a taxa de homicídio crescia a passos largos desde 1998 até 2016. [Sergipe] encabeçou a lista do Estado mais violento da federação. [E agora é] Um dos estados que mais conseguiu reduzir homicídios, de modo que hoje a taxa de letalidade violenta no Estado é equivalente à que existia lá nos idos de 2010”, avaliou Daniel Cerqueira, coordenador do Atlas da Violência.
Para o secretário da segurança pública, João Eloy de Menezes, o reconhecimento da qualidade de vida de Sergipe e de Aracaju a nível regional é mais uma forma de ressaltar o resultado do planejamento estratégico de segurança pública. “Não tem como se pensar em qualidade de vida quando se tem medo de andar na rua. Então, acreditamos que qualidade de vida se faz com um trabalho efetivo de segurança pública, como temos feito no enfrentamento aos crimes contra a vida”, destacou.
Componentes do estudo
O levantamento filtrou mais de 300 indicadores até chegar a 52, entre órgãos oficiais e de institutos de pesquisa, como o DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel e CadÚnico. O IPS é dividido em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas; Fundamentos para o Bem-estar; e Oportunidades. Cada uma delas tem quatro componentes, e formam a média final. Mas, cada componente é formado por três a cinco indicadores, que levam à média final.
Fonte: ASCOM/PMSE
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