sábado, 3 de julho de 2021

Com ou sem periculosidade, ter a “Polícia Unida” já é uma vitória da Segurança


Infelizmente alguns setores da imprensa, talvez com um “viés governista”, tiveram um “olhar diferente” para o Movimento “Polícia Unida” em Sergipe. O que esses profissionais da Segurança Pública estão cobrando do governador Belivaldo Chagas (PSD)? O adicional periculosidade, que é um direito constitucional por se tratarem de profissionais que exercem atividades laborais perigosas. Qual a preocupação do Executivo: inflar as finanças públicas com o pagamento desse benefício, ao ponto de o Estado não conseguir pagar a folha dos servidores dentro do mês trabalhado.

Essa é a verdade e este colunista abre este espaço democrático para que se encontro um “ponto de equilíbrio”, ou seja, nem comprometer “quem paga”, mas de alguma forma também contemplar “quem merece”! Quem em sã consciência vai ficar contra um benefício, constitucional, para os profissionais da Segurança Pública que, com ou sem pandemia, estão dia e noite nas ruas defendendo e protegendo a sociedade? Policiais Militares, Civis e Bombeiros são trabalhadores como os demais, merecem ser ouvidos e respeitados.

Infelizmente alguns setores tentam “criminalizar” ou até mesmo “desdenhar” desses profissionais da Segurança; é comum ver alguns desses segmentos, inclusive, questionar a atuação das policiais; da mesma forma como existem policiais que não honram suas missões, nós temos jornalistas, radialistas, médicos, enfermeiros, advogados, engenheiros, dentre outros...não se pode condenar toda uma corporação por erros e/ou excessos individualizados. E muitas dessas críticas só acontecem para tentar dividir esses movimentos organizados, para criar “falsas narrativas”...

O Movimento “Polícia Unida”, por exemplo, deve ser olhado com outro “viés”, tem que ser exaltado pela maturidade, pela organização. Estamos falando de nove entidades das Polícias, Militar e Civil, além dos Bombeiros que se uniram, não apenas para defender o adicional de periculosidade, mas para promover a importância dessas instituições, para valorizar a luta dos trabalhadores e assegurar futuras conquistas. Todo movimento organizado entra em uma disputa mais fortalecido e com os policiais sergipanos não pode ser diferente!

O ato realizado nessa quinta-feira (1º) em Aracaju, mobilizando centenas de policiais, provou que a categoria, que luta agora pelo adicional de periculosidade, tem sim representatividade. Graças à intervenção da senadora Maria do Carmo (DEM), o diálogo foi aberto com o governador. Há um impasse criado por questões jurídicas, mas não existe má vontade declarada! Ou seja, se existe uma abertura, por mais difícil que seja, há de se incentivar o entendimento. Policiais civis, militares e bombeiros merecem esse esforço...

Para este colunista, com ou sem periculosidade, ter a “Polícia Unida” já é uma vitória da Segurança Pública! Essa união de forças só fortalece a luta dessas categorias. O magistério é um exemplo real e a força do Sintese ainda é incontestável. E não há problema se alguém vai “usar esse movimento para fazer política”! Talvez falte a eles uma “política” mais atuante e representativa. O texto aqui não é para dividir, mas para somar. Esse “Movimento” não é de situação ou oposição! Tem que ser de luta. Estão de parabéns todos os envolvidos...

Veja essa!

Este colunista conversou com o vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE), Adelmo Pelágio, que explicou a importância do Movimento Polícia Unida. “Este é um movimento que luta pela dignidade dos nossos policiais e bombeiros”.

E essa!

“Infelizmente muitos dos nossos direitos estão sendo sonegados, e um deles é o adicional de periculosidade. É um direito constitucional! Nove entidades se uniram e estão compondo este Movimento. Ficamos 284 dias esperando por uma audiência com o senhor governador, e conseguimos graças à intervenção da senadora Maria do Carmo”, reconheceu Adelmo Pelágio.

Com Belivaldo

Adelmo se mostrou otimista na conversa com o governador, mas que o governo esbarra em um aspecto jurídico para não assegurar o adicional de periculosidade. “Óbice jurídico é justamente descumprir isso! (periculosidade) pode muito bem ser conciliado com os subsídios dos trabalhadores. Nós vamos esperar uma resposta do governo”.

Alerta geral

Na assembleia geral realizada nessa quinta-feira (1º), o Movimento Polícia Unida juntamente com os policiais militares, civis e bombeiros presentes, decidiram por iniciarem um “estado de alerta”, permanecendo em “alerta” para agirem na hora que for necessário.

Grande adesão

O ato do Movimento Polícia Unida, apesar de muita chuva em Aracaju, foi um sucesso de presenças e da pauta discutida e aprovada. Durante o evento também foi aprovado o agendamento de homenagem aos colegas mortos e feridos em razão da Covid-19 e da condição de policial ou bombeiro; Nomes como o do Capitão Oliveira (in memoriam) foram lembrados, momento especial de muita emoção entre os fiéis.

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