Na semana que passou mais um policial militar surtou. Foi o segundo caso em menos de um mês. Todos lembram o fato ocorrido no conjunto Bugio, no qual um policial militar efetuou disparos de arma de fogo e deu inicio um longo processo de negociação para que o fato fosse resolvido.
Infelizmente, uma vez que já aconteceu, foram tomadas medidas paliativas para tentar resolver o problema. O comandante deu entrevista (relembre clicando aqui) afirmando que o policial militar terá apoio do núcleo psicológico da corporação. A pergunta que fazemos é: qual núcleo?
Como bem sabemos, o Núcleo de Apoio Psicossocial da Polícia Militar foi extinto pelo coronel Iunes no ano de 2012. De lá para cá, mesmo com pressão dos Conselhos Regionais de Psicologia e Serviço Social (aqui), passados mais de 8 anos, o NAPSS não foi reaberto.
Muito provavelmente, creio eu, os policiais militares que passaram por esses surtos não estão recebendo apoio psicossocial da corporação e, se não tiverem um plano de saúde privado, devem estar abandonados. Além disso, diversos policiais e bombeiros militares estão sofrendo em silêncio todos os dias ou procuram as associações para dar vazão a estes terríveis problemas que as corporações deveriam resolver. Ou seja, a tendência é que mais casos ocorram.
O NAPSS fazia um trabalho exemplar. Visitava todas as unidades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para ouvir o profissional, identificar problemas com a tropa e acompanhar esse militar do início ao fim do tratamento.
Hoje, sem o NAPSS, começam a aparecer os sinais desse abandono. Esperamos que o comandante da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros atuem em conjunto e reabram o núcleo para evitar um mal maior e preservar vidas e a saúde mental do profissional de segurança pública.
Mas não percam as esperanças, o Sargento Vieira está lutando pelos desassistidos, inclusive com ação judicial, para reimplantação do NAPS, que você poderá conferir no vídeo:
JORGE VIEIRA DA CRUZ
Sargento da reserva, mais um veterano
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