O Brasil assistiu atônito ao evento ocorrido na última quarta-feira, na cidade de Sobral, interior do Ceará.
Um Senador da República - de forma açodada, covarde e criminosa, a nosso ver - pilotando uma retroescavadeira investiu contra policiais militares, bombeiros e seus familiares que se encontravam em um quartel da Polícia Militar lutando por dignidade.
Cid Gomes agiu de forma premeditada. Já havia avisado nas redes sociais que estaria se deslocando até o município, o qual sua família e aliados governa há décadas, para dar fim ao movimento reivindicatório. Sua chegada ao aeroporto foi acompanhada por dezenas de ocupantes de cargos comissionados a aliados político-partidários.
Ao chegar ao local da manifestação, Cid Gomes deu 5 minutos para os manifestantes se retirarem do local, como se fosse uma autoridade policial, judicial ou militar. Não tendo sua vontade atendida, avançou com um trator contra dezenas de pessoas podendo causar a morte de vários cidadãos até ser atingido por disparos. A nosso ver, os policiais militares agiram em legítima defesa para evitar um mal maior.
O que nos chama a atenção é o desrespeito crônico realizado por quase todos os governadores dos estados contra seus profissionais de segurança pública.
Aqui em Sergipe estamos irmanados na frente única de segurança pública para que as categorias que cuidam da vida e da liberdade dos sergipanos possam lutar para que pautas comuns a todos estes profissionais possam ser atendidas. A principal delas diz respeito aos sete anos sem a recomposição salarial prevista pela constituição federal. Tivesse cumprido a lei, nossa remuneração não estaria defasada em mais de 40 por cento.
Alguns governos já estão chamando a categoria para negociar. O exemplo mais divulgado na mídia é o do Governo de Minas Gerais, o qual concedeu a reposição inflacionária de anos anteriores ao mandato do atual governador.
Aqui em Sergipe, apesar das várias reuniões realizadas com autoridades políticas, não foi dado nenhum aceno que beneficie a todos os militares. O único projeto aprovado, até o momento, foi o que isenta os profissionais de segurança pública dos encargos relativos à prestação de serviços extraordinários (escala extra).
Fazemos apelo ao governador Belivaldo Chagas para que não deixe a situação da segurança pública em abandono. Nossos profissionais estão sobrecarregados, desestimulados e insatisfeitos. A única alternativa apresentada ao policial é que se ele quiser receber um pouco mais tem que sacrificar sua folga e descanso para trabalhar em escalas que o expõem ao cansaço, ao stress, ao desgaste físico de uma forma geral.
RESPEITEM O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA!
JORGE VIEIRA DA CRUZ
Sargento da reserva, mais um veterano
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