Dia 28 de outubro se comemora o Dia do Servidor Público, mas em Sergipe o funcionalismo não tem o que celebrar. O texto parece “repetitivo”, mas continua atual porque são sete anos sem reajustes salariais, sem sequer a reposição da inflação do período. Os servidores amargam uma dura realidade desde o governo de Jackson Barreto (MDB) e, com Belivaldo Chagas (PSD) – reeleito com o discurso de que chegou para resolver – nada mudou. A “sofrência” dos trabalhadores é a mesma.
O pior é que tudo aumenta. Nos supermercados, nas lojas de roupas, salões de beleza, padarias, farmácias e postos de combustíveis os preços continuam subindo, ano após ano, e os salários dos servidores vão ficando “congelados” e as perdas se acumulam. Para justificar os “governadores de plantão” sempre têm duas desculpas: quando não responsabilizam o déficit da Previdência, jogam a culpa no presidente da República do momento. Como Jair Bolsonaro (PSL) não é “bem afeito” pelo governo estadual, aí fica até mais fácil “empurrar o problema”.
E quando vem a público, o governador adota uma postura de que as dificuldades são enormes e que o Estado não reúne condições de reajustar em nada os salários dos servidores. Acha que está “fazendo muito” sendo transparente e direto, sendo objetivo com os trabalhadores. Mas Belivaldo não faz mais do que sua obrigação enquanto gestor público. Ele está lá para falar a verdade mesmo, doa a quem doer, mas tem que resolver! Para “empurrar o problema” qualquer um pode ser governador!
A IMAGEM FALA POR SE SÓ
É muito fácil para quem governa, exigir empenho e dedicação do funcionalismo quando passa tantos anos sem apresentar uma alternativa. Até o 13º salário, um direito do trabalhador, o governo de Sergipe adotou “novas fórmulas”: os rendimentos dos trabalhadores passaram a ser pagos parceladamente. O Executivo tentou negar, mas o servidor que não optasse em “tomar o empréstimo” para antecipar o recurso, receberia no ano subsequente, em seis prestações. Isso é ou não é parcelar salários?
Como se já não bastasse atrasar o pagamento, já que muitos só recebem entre os dias 11 e 13 do mês posterior, agora no final de 2019 o que estava ruim, pode ficar ainda pior: o governador não tem ainda uma posição sobre o 13º do funcionalismo. Nem o “parcelamento via Banese” foi liberado. Já vamos entrar em Novembro e os servidores inconstantes, angustiados e, muitos até, temerosos. O grau de insatisfação com o governo é alto e muitas categorias ou estão ameaçando parar suas atividades ou já iniciaram uma espécie de “greve branca” nas repartições públicas.
Aí alguém vai dizer: “mas a população não tem nada com isso”, “o povo não pode ser penalizado”. Ledo engano: em outubro de 2018, Belivaldo Chagas foi reeleito com uma vitória “acachapante”, com mais de 700 mil votos e uma diferença superior a 300 mil votos. A maioria do eleitorado sergipano disse “sim” ao seu governo, aos seus métodos, aos atrasos e parcelamentos de salários, a incerteza sobre o 13º do funcionalismo e às deficiências do serviço público. A realidade não é nova, é tão “repetitivo” quanto esta crítica. Pobre servidor público em Sergipe! Restou-lhe “dobrar os joelhos” e pedir em oração pela intercessão de SÃO Judas Tadeu: o “advogado das causas impossíveis”…
Fonte: Coluna Politizando do Jornalista Habacuque Villacorte
Fonte: Coluna Politizando do Jornalista Habacuque Villacorte
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