segunda-feira, 12 de agosto de 2019

ISONOMIA NA SSP/SERGIPE: DISSO NÃO ABRIREMOS MÃO!

Quando foi iniciado, no ano de 2009, o Movimento Tolerância Zero tinha como pilar principal a busca da igualdade de tratamento entre todas as forças de segurança pública no estado de Sergipe.

A nosso ver, uma vez que todos somos policiais, é irracional haver diferença de tratamento entre os profissionais que compõem a pasta. Diferença de salário, de carga horária, de escalas de trabalho, da forma de ingresso em toda e qualquer corporação da SSP/Sergipe devem ser extintas e a harmonia, desta forma, assim reinará.


Porém, o governo do Estado está adotando a velha prática segregacionista na qual, historicamente, pequenos grupos dentro da SSP (especialmente, o alto escalão) negociam em nome de seus efetivos e acabam por se tornar os maiores beneficiários dos resultados porventura obtidos.

Vejam a foto abaixo, compartilhada à exaustão nos grupos de whatsapp de policiais civis:


Nela se vê claramente a presença do Governador do Estado, do Secretário de Segurança Pública, da Delegada Geral, do Secretário de Administração e do Presidente da ADEPOL (associação dos delegados). Sentados, lado a lado, representantes do governo e de associação representativa de classe para, segundo a foto, tratar dos projetos da Polícia Civil junto ao governo. A nosso ver, tal reunião pecou apenas pelo fato de o SINPOL ter sido rifado desse processo, o que se faz presumir que os delegados teriam um tratamento diferenciado em eventual conquista trabalhista.

Por outro lado, nessa outra foto, o galeguinho Belivaldo Chagas faz reunião – provavelmente com finalidade similar – apenas com o comandante geral da PM, nosso querido Coronel Marcony 💓💓💓.

Não há representante de nenhuma associação militar, não há Secretário de Segurança Pública, não há Secretário de Administração. Por que o galeguinho não chamou, de forma democrática, todas as entidades representativas da categoria militar estadual e secretários de estado para esse debate?

As associações militares UNIDAS já oficiaram o governador Belivaldo Chagas por diversas vezes, solicitando reunião para tratar das demandas da categoria e até a presente data nada nos foi respondido.

Circula nos grupos de whatsapp de policiais e bombeiros militares, a informação de que a PTS seria utilizada como moeda de troca em uma provável concessão de correção inflacionária. Não duvido que isso seja verdade. Aliás, há chance bem real de acontecer.

Analisem comigo: se isso for verdade, quem seria o maior beneficiário dessa tragédia? Obviamente, os coronéis, uma vez que não precisam mais de promoção para aumentarem seus vencimentos.

Já deixo aqui, bem claro, meu posicionamento. A PTS foi e é uma das maiores vitórias da categoria militar estadual. Antes, um soldado demorava até mais de 20 anos para ser promovido a cabo. Se o estado quer negociar o constitucional direito da reposição da inflação sacrificando a ascensão da carreira dos militares está equivocado.

Belivaldo tem que respeitar a Constituição Federal ao conceder a reposição inflacionária e manter a PTS da forma que se encontra. Além disso, não aceitarei tratamento discriminatório dentro da SSP. O que vier para a Polícia Civil tem que vir para a Polícia Militar/BOMBEIROS e vice-versa. Apenas para registro, nenhum policial civil foi prejudicado em sua aposentadoria, enquanto nossos militares da reserva ainda se encontram prejudicados pela não aplicação da Lei 310/18.



JORGE VIEIRA DA CRUZ
Sargento da reserva. Mais um veterano


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