Os agentes públicos costumam dizer que a política é uma “ferramenta de transformação social”, que deve ser usada para mudar o meio, para fazer o bem ao próximo e aos mais necessitados. Jamais essa categoria fora tão agredida e questionada como nos dias atuais. Vivemos em um novo tempo, na era das redes sociais, onde a informação – nem sempre a mais precisa – chega até nós em uma velocidade até então inacreditável. E a política tem o dom de envolver uma série de sentimentos e emoções.
Em um debate político há sempre quem tente ter mais razão que o oponente, é muito comum ver alguém criticando o comportamento, a postura ou o posicionamento de terceiros. Por esse embate passam profundas e ricas discussões, sempre com “recheio” de conhecimento. A divergência aqui acaba sendo “palavra de ordem”, é saudável e necessária para que se estabeleça a verdadeira democracia. E em meio a este “sincretismo”, se prevalecer o bom senso, já terá valido a pena...
Batizado de “pescoço grosso” por alguns de seus adversários, o governador Belivaldo Chagas (PSD) é um homem de posição política, que realmente “tem lado”, mas que tem dificuldades claras de conviver com quem lhe questiona, com quem se opõe a seus desejos e caprichos. O “galeguinho” passou longos 30 anos, aproximadamente, sendo aliado e um dos maiores defensores dos Valadares; após uma divergência política, hoje não gosta nem de ouvir falar nos antigos correligionários...
Eleito com mais de 700 mil votos em 2018, em uma vitória inquestionável, este colunista aposta que nem o próprio Belivaldo esperava um resultado tão expressivo. Aquele voto de confiança dado pela maioria dos sergipanos votantes deveria ter comovido o “coração gelado” do governador. Mas aquilo parece ter enchido sim o peito do “galeguinho” de vaidade. Para quem foi vitorioso com o discurso que “tinha chegado para resolver”, até agora parece não ter encontrado a “fórmula” para os problemas.
Além de uma vitória massacrante nas urnas, tem outro fato que ficará marcado na gestão do governador Belivaldo: o dia em que o empresário Sadi Gitz, da Cerâmica Escurial, revoltado com algo de seu governo e talvez de alguma promessa não cumprida, diante de um auditório lotado de autoridades e de um ministro do Estado, decidiu abruptamente ceifar sua própria vida. Um fato lamentável, incompreensível, que comoveu todo Sergipe. Mas, para o “galeguinho”, é “vida que segue”...
Agora, após quase uma semana ininterrupta de chuvas, ficou difícil de separar o “rico do pobre” porque todos foram atingidos em Sergipe com os efeitos das enchentes. A “capital da qualidade de vida” ficou submersa. Da Zona Norte à Zona Sul. No interior o “desastre” foi ainda maior. Em Riachuelo, por exemplo, centenas de famílias perderam praticamente tudo, ficaram desabrigadas. A sociedade civil se mobilizou para ajudar rapidamente. O “homem de gelo” só se “mexeu” após seu Palácio ser “inundado” por críticas. Resta saber o que falta acontecer para “derreter” o “coração gelado” de Belivaldo? Mais amor e menos “ranço”, governador...
Amese I
O presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese) oficiou o Senador Alessandro Vieira (Cidadania) para que o mesmo vote favoravelmente à PEC 113/2015. Por esta proposta de emenda à Constituição Federal, policiais militares e bombeiros da ativa que ocupem mandado eletivo poderão retornar às suas corporações de origem após o término do mandato.
Amese II
Atualmente, qualquer policial militar da ativa que ocupe cargo eletivo é transferido compulsoriamente para a reserva remunerada tendo sua carreira interrompida, além receber proventos proporcionais ao tempo de contribuição (redução da remuneração). “Entendemos que o constituinte, lá no distante ano de 1988, cometeu exageros ao discorrer tal tratamento discriminatório à nossa categoria”, pontua o presidente da Amese, sargento Jorge Vieira.
Fala Vieira!
O presidente da entidade disse ainda que “somos os únicos servidores da segurança pública que sofre este tipo de tratamento. Um policial civil, federal, guarda municipal que seja eleito, ao final do mandato retorna à sua força de origem e segue sua carreira até se aposentar. O senador Alessandro Vieira é parceiro dos policiais militares e bombeiros e já se posicionou favorável ao projeto”, destacou.
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