segunda-feira, 1 de julho de 2019

BELIVALDO PATROCINA ATO EM APOIO A BOLSONARO

Não é novidade para ninguém o grau de polarização política em que o Brasil se encontra. Mesmo havendo mais de 30 partidos políticos no país, o brasileiro mediano já se dividiu entre PT e anti-PT e a impressão é que estamos vivendo um verdadeiro FLA-FLU de emoções.

Em qualquer grupo de whatsapp, conversa familiar ou de amigos, por mais que a gente tente evitar, sempre a política entra no debate e as pessoas fazem seus discursos acalorados ora defendendo ou acusando qualquer um dos lados.

Como bem sabemos, ao militar é vedado participar de manifestações de caráter político. Porém, a meu ver, não existe nada demais no fato de os militares participarem de tais atos uma vez que nós votamos e podemos ser votados apesar das limitações de liberdade impostas por uma legislação anacrônica.

Voltando a falar do Partido dos Trabalhadores – nada contra partido nenhum em especial – todos sabemos que em Sergipe esta agremiação política faz parte da sustentação do Governador Belivaldo Chagas e foi essencial tal apoio na sua reeleição.

Com a polarização que vivemos é impossível você ver um “PSLista” numa manifestação das “frentes populares”, e um petista nas manifestações “verdamarelo”. Se você tem dúvida, compareça a algum destes atos e verá o que estou falando. 

Obviamente, aqui em Sergipe você não vê integrantes do governo, ocupantes de cargos em comissão, participando de qualquer tipo de manifestação de apoio ao governo do presidente Bolsonaro. Uma ação dessas, fatalmente, custaria a cobrança da cabeça desse manifestante.

Pois bem, não necessariamente o manifestante-ocupante-de-cargo-em-comissão-no-governo-do-Estado-de-Sergipe precisa se queimar participando de atos em nossas terras. Para não aparecer, ele pode muito bem se manifestar em outras cidades e assim, de forma legítima, apoiar o político “A” ou “B”, em tese, sem ser incomodado. 

Querem ver como?

Vejam as fotos abaixo:



Observamos claramente a participação do Subcomandante Geral da Polícia Militar, Coronel Paiva, em uma manifestação de caráter democrático de apoio ao Governo Federal, à lava-jato e ao ministro Sérgio Moro no estado de São Paulo. Mais uma vez, frisamos, defendemos a participação de todo e qualquer militar em manifestações de caráter político e/ou reivindicatório.  O que nos chama a atenção é o fato de Paiva ocupar espaço, a nível local, em uma administração que é oposição ao Governo Federal. Mais ainda, a sua coragem de não temer nenhuma sanção acerca de suas opiniões políticas pessoais. Será que o comandante geral da PMSE, coronel Marcony, estava sabendo disso?

A viagem de Paiva foi autorizada pelo Comando da Polícia Militar e ocorreu com ônus ao poder público, uma vez que na semana passada foi realizada reunião do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares do Brasil, conforme extrato publicado em BGO abaixo:


Malgrado sua participação no CNCG se dar até o dia 27 de junho, presume-se que Paiva deu uma esticadinha no fim de semana paulistano para poder participar das manifestações (Obviamente, não pagaria do seu próprio bolso para participar de tais atos).

Mais uma vez frisamos, a participação de qualquer pessoa em ato político/reivindicatório é legítima e deve ser estimulada. Parabenizamos a postura do Coronel Paiva pelo fato de mostrar, publicamente, que não se sente ameaçado pelo Governador Belivaldo Chagas por se manifestar apoiando o Governo Federal.

Aproveitando a oportunidade - e agora conhecendo o perfil “Manifestante” do nosso querido Coronel Paiva - fazemos convite ao mesmo para que se junte à sua tropa nos futuros atos em busca dos direitos dos nossos combalidos policiais militares que se encontram há sete anos sem a reposição inflacionária nos seus vencimentos, com quartéis caindo aos pedaços, com vale-refeição de 8 reais, com o não cumprimento da lei 310/18. 

O raciocínio para isso é bastante simples: quem não teme a perda do cargo para apoiar políticos de oposição, obviamente não temerá a perda do mesmo cargo em defesa de sua tropa. 

Pedimos também a Paiva, como responsável pela disciplina da PM, que não persiga nenhum policial militar que venha a se manifestar na luta por seus direitos uma vez que o mesmo mostrou que toda manifestação é válida, fugindo do "faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço".


Fica o convite.

JORGE VIEIRA DA CRUZ 
Sargento da Reserva, mais um veterano

Nenhum comentário:

Postar um comentário