Categoria já havia votado a questão em encontros realizados em outras oito cidades do interior.
Foto: Reprodução/TN.
Os policiais e bombeiros militares decidiram em assembleia geral unificada, na tarde desta sexta-feira (31), no Clube Tiradentes, paralisar as atividades por tempo indeterminado, a partir do dia 17 de junho.
Como pautas prioritárias da reunião estavam a atualização salarial e os mecanismos para reivindicação do pleito, o pagamento das promoções já efetivadas e a efetivação das promoções referentes a 21 de abril. Segundo o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM), o déficit salarial atualmente chega a 60,49%.
A categoria já havia votado a questão em encontros em outras oito cidades do interior do Rio Grande do Norte. Os dirigentes de associações de praças e oficiais se reuniram com militares estaduais das regiões de Nova Cruz, Currais Novos, Caicó, Pau dos Ferros e Mossoró.
Segundo a Associação dos Subtenentes e Sargentos PM e Bombeiros Militares (ASSPMBM), há cinco anos não há reajuste compatível com a inação. Segundo Eliabe Marques, atualmente os militares do RN recebem o pior salários de início de carreira do país.
Representantes da categoria aguardam uma posição do governo sobre a pauta de reivindicações. Para o dia 17 de junho, foi marcada uma mobilização a partir das 8h em frente à sede da Governadoria, no Centro Administrativo.
Falta de condições estruturais
Apesar das constantes cobranças das associações, desde as demandas financeiras dos policiais até a estrutura adequada para o trabalho, de acordo com o subtenente Eliabe Marques, as providências não têm sido tomadas pelo Governo. “Os colegas têm se superado para oferecer a melhor segurança possível, mas é necessário que o Governo dê a sua contrapartida”, reforça o subtenente.
Baixo efetivo
No tocante ao efetivo, são 14 anos sem ter concurso. O efetivo, que deveria ser de 13.466, é de menos de 8 mil policiais. O déficit se aproxima dos 50%, o que tem consequências graves: compromete o serviço prestado à população, sobrecarregando os policiais da ativa. “O concurso de 2018, que poderia ajudar a amenizar a situação não teve transparência, os concursados não têm certeza do andamento do concurso, ainda não saiu o resultado das primeiras fases e não se sabe quando será a próxima fase, o teste de aptidão física, o TAF. Isso só agrava ainda mais toda a situação”, conclui.
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