sexta-feira, 31 de maio de 2019

CORONEL PAIVA SE MANIFESTA SOBRE A TRIBUTAÇÃO DA RETAE. MARCONY NÃO DEVE TER GOSTADO

Na manhã de hoje realizou-se no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças – o nosso amado CFAP – a solenidade de encerramento de mais um curso de formação de sargentos. Antes de entrarmos no mérito desta postagem queremos parabenizar todos os nossos associados e demais formandos pela conclusão de tão importante curso e desejar-lhes sucesso em suas empreitadas.

Pois bem, diversos destes associados - tão logo acabou a solenidade e em local seguro – passaram a telefonar para mim no intuito de nos passar o que fora dito pelo Coronel Paiva, Chefe do EMG e Subcomandante Geral da Polícia Militar, durante a solenidade de encerramento do curso.

Segundo o Paiva, no dia de ontem passou a circular nas redes sociais uma série de boatos a respeito da tributação do Imposto de Renda e IPESAÚDE sobre a RETAE dos militares estaduais ou um eventual emprego gratuito do policial militar nos festejos juninos. Sem dizer nomes, disse que a pessoa que espalhou esses “boatos” estaria com algum interesse escuso. Porém, como sempre, não disse que interesse seria este.

Essa é uma das características de Paiva. Aparentemente, sem se indispor com ninguém, o mesmo vai enrolando um ou outro subordinado (ou até colega coronel) e consegue alcançar o que sempre quer dentro da corporação.  Só que eu alerto o mesmo que a carinha e os trejeitos deles nunca me enganaram. Na minha cabeça cresceu foi cabelo e não casca de ovo.

No CFAP, Paiva aproveitou da palavra que foi franqueada somente a ele e afirmou que a RETAE não seria tributada. Que compareceu à PGE junto com Marcony e que os procuradores deram um prazo de de sessenta dias para se manifestar sobre a legalidade ou não da incidência de Imposto de Renda sobre a RETAE. Que saiu da PGE convicto que os procuradores cumpririam sua palavra (mesmo sem uma eventual manifestação por escrito do colegiado da PGE) e a RETAE não seria tributada dentro desse prazo.

Paiva, a quem você quer enganar?

Até o mais recruta dos soldados já sabe que o que se quer é ganhar prazo, enrolar mais uma vez os policiais militares e, desta forma, empregar a tropa nos festejos juninos sem a oferta de nenhuma resistência. Você, Paiva, parece que está lidando com crianças de 6, 7 anos de idade! Me poupe!

Porém, durante a solenidade, uma das falas de Paiva nos abrilhantou com a possibilidade de haver uma luz no fim do túnel.

Em um ato de extrema coragem, Paiva explanou o seguinte (prestem bastante atenção e tomem um copo de água para se acalmar, por que é sério. Bastante sério!):

Segundo Paiva, uma das associações que representam militares estaduais (rifando claramente a AMESE) estaria preparando ações judiciais visando a antecipação de tutela ou a concessão de alguma liminar caso a tributação do imposto de renda da RETAE seja mantida pela PGE. E que o comando da Polícia Militar estaria alimentando esta mesma associação com informações que possam substanciar uma futura ação ação judicial visando ao fim dessa tributação.

Vejam só o desenho que se faz do que foi dito: 

1) O coronel Paiva reconhece que há a real possibilidade de tributação da RETAE;

2) Paiva estimulou na formatura, via associação, que policiais militares ingressem com ação judicial contra o mesmo governo o qual faz parte e é remunerado via cargo em comissão.

Entenderam?

Ao falar isso, praticamente colocou seu cargo sobre risco. E mais: fritou o coronel Marcony junto ao governador Belivaldo Chagas ao afirmar claramente que há uma conspiração do bem para ajuizar ações contra seu governo.


Não é nosso objetivo com nossos textos a adoção da política do “quanto pior melhor”. Nossa demanda maior é que a verdade seja posta na mesa. No dia de ontem mesmo postamos um vídeo  que já tem dois anos – no qual o comandante geral da Polícia Militar afirma que as negociações do vale-refeição estariam bem encaminhadas. 
 
Revejam abaixo:
Marcony, há dois anos... Lamentável...

Se for esse o padrão de honestidade a ser mantido perante a sua tropa, não só a palavra de Marcony não deve ser levada em consideração para nada; a de Paiva merece ter o mesmo valor de um rolete de cana chupada.

Meus amigos, estamos sendo enganados há anos e nenhuma providência é tomada. Vejam o que está acontecendo com nossos veteranos. Mesmo havendo uma lei garantido o pagamento da diferença de subsídio – a lei 310/18 – o governo brinca e sacaneia com nossos militares.

Baseado nestas recentes experiências vividas pelos nossos queridos irmão de farda, somadas ao histórico de picardias realizadas pelos nossos comandantes e governadores, recomendo que nenhum - NENHUM! - policial militar ou bombeiro atue de forma voluntária nos festejos juninos em escalas extraordinárias.

Vejam que é só uma recomendação. Sei que cada bombeiro e policial tem sua realidade e necessidade doméstica. Porém, caso haja voluntário, o mesmo não estará ingressando nesse barco sem estar sendo avisado do real risco de um evidente naufrágio.

Sugiro a Paiva, a Marcony, ou a qualquer outro que vá usar palavra à tropa que não faça mau uso da oratória dissimulada para enganar os nossos já sofridos militares: são 7 anos sem reposição da inflação, são 5 anos sem reajustar o miserável valor do ticket-refeição de 8 reais, nossos aposentados foram rifados (inclusive o pai de Marcony) e só ouvimos discursos vazios  e que não acrescentam nada.

Agradecemos a confiança dos formandos que nos passaram estas valiosas informações. Continuaremos, como sempre, preservando as nossas fontes. Contem sempre conosco!

JORGE VIEIRA DA CRUZ
Sargento da reserva, mais um veterano

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