Nesta terça, dia 29, a AMESE (Associação dos Militares do Estado de Sergipe) protocolou ofício resposta, junto ao Ministério Público Estadual, mais precisamente à Promotoria de Justiça dos Direitos à Saúde, que tem à frente o Promotor de Justiça Dr. Edyleno Ítalo Santos Sodré, o qual solicitou informações à associação, acerca dos danos à assistência psicossocial dos militares, devido ao fechamento do NAPSS.
No ofício resposta encaminhado ao MPE, a AMESE destacou que desde o fechamento do NAPSS/PMSE (Núcleo de Atenção Psicossocial da Polícia Militar do Estado de Sergipe), que também atendia bombeiros militares, estes militares ficaram completamente desassistidos e que após este fechamento, os policiais e bombeiros militares passaram a esperar meses para receber o devido atendimento, antes prestado com excelência pelo NAPSS/PMSE. Relatou ainda no expediente protocolado, que com o fechamento do citado núcleo, se agravou ainda mais o estado de saúde de diversos militares, provocando até mesmo suicídios.
Os bombeiros e principalmente os policiais militares, são cobrados diuturnamente para combaterem a criminalidade, visando a diminuição dos índices de violência no Estado, o que leva estes a um quadro de estresse, depressão, síndrome do pânico, ansiedade, consumo de álcool e uso de medicamentos controlados.
Foi destacado, que quando existia o NAPSS/PMSE, a tropa era avaliada periodicamente e quando detectado algum distúrbio do militar, logo se começava o tratamento, fato extremamente importante para o retorno deste militar, posteriormente, à sua atividade, em plenas cindições.
O ofício resposta da AMESE mostrou ainda, que com o fechamento do NAPSS/PMSE, posteriormente criaram junto ao HPM (Hospital da Polícia Militar), um CIAPSS (Centro de Atendimento Psicossocial), que não vem surtindo o efeito que tinha o NAPSS, pois este, era localizado fora do âmbito militar, dando mais privacidade a este, inclusive no tratamento, diferente do CIAPSS, que como já relatado, fica dentro do HPM e pouquíssimos militares se sentem à vontade para buscarem ajuda no local. Como se não bastasse tal fato, no CIAPSS o militar tem que esperar um tempo considerado para buscar um atendimento, fato inclusive comprovado através de matéria jornalística que foi anexado ao ofício.
O prejuízo foi imenso com o fechamento do NAPSS, visto que se perdeu o controle de tudo, até dos relatórios e estatísticas. Inclusive foi destacado que a AMESE já protocolou ofício ao Comando da PMSE, solicitando a reabertura do núcleo, porém não obteve êxito. Enquanto isso, os militares estão sem o devido atendimento, alguns cometendo até suicídio, e passando ser dependentes de álcool, medicamentos, etc.
Hoje se o militar precisar de atendimento psicológico imediato, ele tem que procurar o atendimento do Ipesaúde, que também é demorado, ou pagar particularmente, onde muitos não têm condições.
Foi destacado ainda no ofício resposta protocolado, que a AMESE fez uma enquete à época em seu blog, onde 100% dos votantes, afirmaram que o NAPSS deveria ser reaberto por parte da PMSE, juntando para tanto a matéria da enquete realizada.
Relatou-se ainda o caso recentemente de um Cabo da Policial Militar, que estava com depressão extrema, com síndrome do pânico, necessitava de atendimento que era prestado pelo NAPSS e não teve, sendo necessária a intervenção da AMESE, no sentido de que o mesmo pudesse ter o devido acolhimento e adoção das providências pertinentes ao caso, conforme documentação aqui acostada, que mostra todo o problema que o militar passou e ainda está passando, mas contando com o apoio desta associação, que infelizmente não tem condições de prestar auxílio a todos os militares que precisam dos serviços ofertados anteriormente pelo NAPSS.
Confiram abaixo o ofício encaminhado pelo MPE à AMESE e o ofício resposta da AMESE para o MPE:
Matéria do blog Espaço Militar
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