Há mais de um ano, policiais militares foram cedidos para o GEP (Grupo de Escolta de Prisional) da Secretaria da Justiça (SEJUC), com o suposto objetivo de auxiliar o judiciário em audiências de presos temporários.
Olhe o que dizia a nota da PMSE em 27 de janeiro de 2017:
Sobre a cessão de policiais militares para auxiliar os trabalhos no sistema prisional do Estado, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe esclarece que:
Não há transferência de policiais militares para o sistema prisional, conforme está sendo veiculado na imprensa. O que ocorre é que durante o mês de fevereiro, o Poder Judiciário realizará um grande mutirão de audiências de presos temporários. Por conta dessa demanda, faz-se necessário aumentar e reforçar as escoltas desses presos. Nesse contexto, a Polícia Militar de Sergipe vai contribuir com a ação, cedendo esse efetivo para atuar em apoio com o Grupo de Escolta Prisional (GEP), na remoção dos presos para as audiências no Poder Judiciário.
Vale salientar a grande somação de esforços de vários órgãos, a exemplo do Ministério Público Estadual, Poder Judiciário, Defensoria Pública e também da Polícia Militar de Sergipe, para a realização desse mutirão, visando evitar problemas que afetem a segurança pública, a exemplo do que ocorre hoje em estados como o Amazonas, Rio Grande do Norte e Rondônia, que enfrentam graves problemas na questão carcerária (fugas em massa e carnificinas que ocorrem no interior dos presídios). Portanto, o estado de Sergipe, representado por estes órgãos, age de forma proativa, a fim de agilizar a situação processual dos custodiados no sistema prisional sergipano.
Ascom PM/SE
Ocorre que, passados mais de um ano, a cessão que seria de caráter temporário, se tornou definitica, visto que diversos policiais militares continuam cedidos ao GEP da SEJUC, trabalhando em condições indignas e insalubres, sem coletes balísticos, pois os que foram cedidos pela PMSE, são grandes demais e os policiais militares não têm como utilizá-los, preferindo trabalharem sem os mesmos, o que expõem suas vidas, ainda mais, à risco de morte.
Enquanto estes policiais militares cedidos estão exercendo uma função diferente da que deveriam fazer, qual seja, policiamento ostensivo e preventivo, nas ruas, em prol da população, estão desviados de suas funções fazendo escolta de presos, infelizmente com o aval do judiciário sergipano, cuja função deveria ser exercida por agentes prisionais.
Vamos ver até quando irá esta cessão, pois estaremos aqui cobrando o retorno destes policiais militares à sua atividade fim, pois a população merece uma segurança pública melhor, principalmente porque, com o baixo evetivo da PMSE, estes policiais cedidos, daria um bom incremento no policiamento ostensivo e preventivo em prol da sociedade, que paga seus impostos e merece ser melhor atendida.
Matéria do blog Espaço Militar
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