Funcionários públicos se concentraram na entrada da Alerj.
Manifestantes pediram regularização do pagamento, entre outras pautas.
Fotos: Fernanda Rouvenat/ G1
Servidores da área da segurança pública do Rio de Janeiro realizaram um protesto, na manhã desta terça (8), no Centro do Rio, contra o que eles chamam de "pacote de maldades". Na semana passada, o governo do estado anunciou medidas com as quais pretende sanear as finanças do Rio. Em cartazes, os manifestantes pediram mais respeitos aos policiais e demais servidores do governo do estado.
As escadarias ficaram lotadas e os funcionários pediram que o governo pague em dia. Gritando palavras de ordem contra as medidas de austeridade, o grupo afirmou que continuará a se manifestar até ser ouvido.
Entre as medidas anunciadas pelo governador estão a suspensão de reajustes salariais já concedidos, o aumento das alíquotas de contribuição previdenciária, o desconto de 30% dos vencimentos de inativos para reforçar o caixa da Previdência estadual, o corte de gratificações pagas a comissionados, o fim de programas sociais e a extinção de órgãos públicos.
"Hoje, especificamente, por causa do 'pacote das maldades', as lideranças da Polícia Civil, a coligação, o sindicato de agentes e delegados, os peritos papiloscopistas, estão vindo trazendo uma carta de repúdio à Comissão de Segurança Pública e assuntos de polícia na pessoa do seu presidente, que é a deputada Marta Rocha. Nós queremos que os deputados sejam sensíveis e que barrem essas medidas que tanto impactam na vida na vida do funcionário público, principalmente na segurança pública", destacou o presidente da coligação dos Policiais Civis do Rio de Janeiro, Fabio Meira.
O presidente do Sindicato dos Delegados do Rio, Rafael Barcia, destacou que os trabalhadores estão atuando no limite dos recursos no combate à criminalidade no estado. Ele acredita que os maiores penalizados com as medidas do governo são os cidadãos.
"A situação chegou no limite do intolerável. Além da gente passar pelo processo de sucateamento das delegacias da instituição, há muito tempo que a gente vem sofrendo com isso, agora o governo preparou um pacote que quer penalizar o servidor pra uma dívida que nós não temos causa. A gente está aqui pra dizer não pra esse pacote de maldades porque além de inconstitucional, é imoral, penaliza diretamente o servidor e a população em geral", contou o presidente do Sindicato dos Delegados.
De acordo com Rafael Barcia, além da precariedade nas delegacias, muitos policiais civis, trabalham em condições de risco, por não haver manutenção dos armamentos e de viaturas.
"Falta de tudo em uma delegacia hoje: falta papel, falta manutenção da delegacia, porque você trabalhar num ambiente onde o piso está soltando, onde tem mofo na parede, isso é insalubre em qualquer trabalho. As viaturas sem manutenção, as armas que falham o tempo inteiro. Policiais estão sendo caçados por ai, estão sendo mortos, sem nenhum apoio do estado, que deveria apoiar o policial nesse momento. E ainda impõe esse pacote de medidas que busca tirar do policial dignidade, que é a única coisa que restou", lamentou Rafael.
Por volta das 10h30, os manifestantes interditaram uma faixa da Avenida Primeiro de Março, no Centro.
Fonte: G1 RJ
Postado por ESPAÇO MILITAR
Nenhum comentário:
Postar um comentário