Progressão por tempo de serviço na carreira e implementação do subsídio permanecerão foco de luta.
Não bastasse trabalhar com coletes vencidos, arriscar a vida em viaturas com pneus carecas, descansar em alojamentos que mais parecem espaços abandonados e ter o salário atrasado e recebendo parcelado, agora os policiais militares sergipanos devem esperar em Deus.
Foi esse o pedido feito pelo governador Jackson Barreto (PMDB) em entrevista na MIX FM na manhã desta segunda-feira (15), quando abordou as dificuldades financeiras pelas quais afirma que o Estado está passando em virtude da queda no valor dos repasses.
Alegando que "não adianta demonstração de força", ante o movimento ‘Polícia Legal' deflagrado há oito dias, através do qual os militares limitaram a prestação de serviço conforme condições de trabalho, Jackson enfatizou as promoções concedidas e jogou nos "fardas" a responsabilidade, pedindo compreensão, paciência e fé em Deus, porque o "trabalho tartaruga não é bom para a população".
Seria até louvável a preocupação do governador se não estivessem perceptíveis tantos desmandos. Educação desprovida de recursos, saúde na UTI, segurança pública ao avesso, mas os Secretários de Estado com salários recheados. Cadê a crise? Só há dificuldade para pagar os menores valores, ou será o atraso uma estratégia, jogada política futura? Talvez começar a fazer o dever de casa apostando na redução de salários do primeiro escalão fosse uma boa pedida.
Prometer convocar aprovados não resolve o problema nem dos concursados e muitos menos do povo. Vai convocar PM'S, e os 333 civis? Vai precisar os bandidos tomarem conta de Sergipe para que a Força Nacional seja solicitada e assim os guerreiros sejam desmoralizados?
Onde está a crise quando a polícia sergipana é enviada ao Rio de Janeiro para atuar nas Olimpíadas e tantos outros para buscar armas que não servem para São Paulo, mas poderão ser reaproveitadas em Sergipe?
Calma e compreensão precisam ser também pedidos feitos aos políticos quando, em época de eleições, baterem à porta pedindo votos e prometendo o que no futuro será atribuído à providência Divina.
O fato é que, ao contrário do que se esperava, as reivindicações dos militares no tocante à progressão por tempo de serviço na carreira, bem como pela implementação do subsídio não serão atendidas.
Lamentavelmente, na guerra por segurança, polícia e cidadão permanecem reféns da batalha comandada por interesses políticos.
Fonte: Itnet (Iane Gois)
Postado por ESPAÇO MILITAR
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