quinta-feira, 25 de agosto de 2016

25 DE AGOSTO: DIA DO SOLDADO. EM SERGIPE, SEM DIREITOS.

Quando no ensino fundamental menor aprendemos que o 25 de agosto é uma data a ser festejada com galhardia, tendo em vista a celebração do Dia do Soldado, membro das forças armadas ou militarizadas que trabalham em defesa do país. Contudo, em Sergipe há de se questionar se existem, atualmente, motivos reais para comemoração.

Com salários atrasados, recebendo os vencimentos parceladamente, trabalhando em condições precárias que vão desde as viaturas sucateadas ao recebimento mísero de ticket alimentação diário de apenas R$ 8, valor que se arrasta ao longo de cerca de 4 anos, os soldados (SD), militares em geral, ressaltando a menção da patente em virtude do dia, mais parecem SEM DIREITOS.

Desprovidos sim de direitos, se analisarmos o veto de conduta imposto pelas normas militares que sobrepõem as garantias asseguradas constitucionalmente e julgam os representantes da Ordem e do Progresso como humanos pertencentes a uma classe social distinta.

O que justifica o detentor da menor patente ser punido por usar as redes sociais para um desabafo de falta de estrutura, quando um comandante, talvez para ficar bem perante os subordinados, supostamente se posiciona favorável a um movimento de greve branca, portanto, assumindo uma postura sindicalista?

O que comemorar quando a profissão, como parte de um grupo de militares, mais antiga do que os próprios registros históricos é também a mais desvalorizada e cobrada em um cenário onde segurança pública virou utopia?

Se é para festejar, os SD, SEM DIREITOS, sergipanos devem celebrar somente a vida, posta em risco diariamente nas ruas, enquanto nos gabinetes os superiores hierárquicos abrem processos administrativos para punir quem se manifesta.

Calar para que não sejas reprimido, porque no fim a soberania na balança militar tem mais peso. Feliz dia dos SEM DIREITOS!


Fonte: Itnet (Iane Gois)

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