Em 1999 trabalhei no Bairro América, era o bairro mais perigoso de Aracaju, conhecido nacionalmente pelos seus índices de violência. Motivo pelo qual foi contemplado com um novo modelo de Segurança de forma experimental, e em pouco tempo esse bairro viraria de novo manchete nacional pelo sucesso desse novo modelo de policiamento chamado POLÍCIA COMUNITÁRIA.
Sem mágica nenhuma o bairro chegou a 100 DIAS SEM HOMICÍDIO, jejum quebrado por um crime familiar.
Esse modelo permite a aproximação da população com a polícia e com os policiais, bem como das políticas e mecanismos de segurança desse excelente modelo de segurança em cada bairro, gerando cumplicidade e quebrando paradigmas. Facilita a identificação dos moradores que tem condutas criminosas ou suspeitas, bem como direciona abordagens a quem realmente merece, evitando desgaste com o cidadão de bem.
Além de facilitar a identificação dos pontos críticos do bairro, feedback com comerciantes e acesso dos policiais nas escolas com trabalhos preventivos junto às nossas crianças e jovens através do PROERD.
Teríamos uma diminuição dos gastos, melhor distribuição das viaturas e da tropa. Todo o efetivo e gastos com aluguel e combustível que é dispensado às especializadas como RP, FORÇA TÁTICA DO CHOQUE, GETAN, iriam diminuir drasticamente, sendo usado de maneira objetiva e inteligente nos bairros através do policiamento comunitário. Além de democratizar os cursos de operacionalidade policial, e iria acabar com a richa entre "especializadas" e convencionais.
Sergipe é um Estado pequeno com cidades e bairros pequenos. Se usarmos nosso efetivo e logística de maneira objetiva e inteligente como a proporcionada pelo modelo de POLÍCIA COMUNITÁRIA, conseguiremos reverter esse quadro que estamos vivendo na área da Segurança pública em pouco tempo.
Cb PMSE Stefânio Teles de Paula
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