segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

SSP: Mudança só nos nomes, mas não na prática

Mudar paradigmas e democratizar instituição

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

O governador Jackson Barreto deve anunciar ainda esta semana a mudança em toda a cúpula da SSP. Como a imprensa já anunciou e alguns integrantes da própria SSP, pelas redes sociais, o delegado de carreira João Batista, será o novo secretário tendo como superintendente (antigo adjunto), o coronel da reserva Andrade e como delegado-geral, Alexandro Vieira.

Para o comando da PMSE fala-se em Júlio César, coronel com doutorado em física, que foi candidato a deputado federal pelo PMDB em 2014 e obteve 1.569 votos.

Com João Batista, retorna ao comando da SSP o grupo que ele faz parte e que tem a frente o delegado João Eloy, ex-secretário, do qual ele foi adjunto. Não se discute aqui a competência de João Batista, nem a do ex-secretário João Eloy, nem a do atual, Mendonça Prado. A discussão que o blog defende é sobre a instituição e as vísceras podres que ninguém tem coragem de extirpar.

Entra governante e sai governante e parece que ninguém nota que o problema da SSP não passa apenas por mudanças de nomes. Dos últimos secretários, nenhum deles, teve a coragem de implementar mudanças de paradigmas junto a instituição.

Mesmo com os salários excelentes – se comparados com o restante dos servidores – as policiais militar e civil – sofre com o corporativismo, o despreparo técnico e a divisão de grupos. Os que estão no poder puxam a sardinha para os seus, inclusive com diárias exageradas que engordam os salários (inclusive alvos de processos como do TCE). Enquanto outra parte torce para que o serviço não ande, para que a cúpula caia.

Porém, tem uma parte, infelizmente que sempre é minoria, que tem preparo técnico, capacidade. Essa minoria fica para lá e para cá, sendo jogada de um lado para outro com as mudanças que ocorrem sempre.

É certeza que para reduzir o índice de criminalidade é preciso uma revisão do Código Penal com uma legislação mais dura.No caso de Sergipe é preciso mais. É preciso alguém que peite o corporativismo e que tenha força externa. Um promotor (em Alagoas está dando certo com Alfredo Neto) ou até mesmo um juiz. O blog pensou que Mendonça Prado, pelo trânsito fácil junto as policias poderia conseguir acabar com o corporativismo, mas foi “abafado” pelas forças internas.

A SSP precisa de mudanças na prática. E João Batista, sendo da SSP, conseguirá (ou mesmo tentará) acabar com o corporativismo dos grupos e democratizar a instituição?

O blog torce que no fundo do poço tenha uma luz e não apenas mais um porão...

Fonte: Blog do Claudio Nunes

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