Só faltou o enterro em cova rasa, mas o soldado da reserva posto no caixão por policiais e bombeiros militares nesta quinta-feira, 13, teve cortejo, velório e até missa de corpo presente num funeral simbólico organizado pela Associação Unidas, em frente ao Palácio do Governo, na zona Sul de Aracaju (SE).
A entidade, que reúne as nove associações de militares, buscou um boneco de pano, vestiu como um soldado e o colocou no caixão às 6h. O ato foi uma tentativa de sensibilizar o governador de Sergipe Belivaldo Chagas a solucionar uma pendência dos policiais postos na reserva e que se arrasta há um ano e dois meses – a retirada do subsídio salarial, uma espécie de gratificação agregada às aposentadorias e pensões. Para a Unidas, é um direito adquirido que não poderia ter sido retirado.
“Foi retirado em abril do ano passado através de um parecer equivocado da PGE que gerou uma perda, em média de 700 reais. É muito para aquele que está há sete anos sem receber aumento”, lembrou o sargento Vieira, que integra a Unidas.
Boneco no caixão simboliza sofrimento da polícia, diz unidas. Foto: Divulgação
Outras reivindicações –Segundo Vieira, o boneco posto no caixão simboliza todo o sofrimento do militar e os problemas enfrentados pela população com a segurança pública. Ele disse ainda que o protesto serve também para pedir ao governador que abra uma mesa de negociação permanente para tratar da pauta demandada pela categoria.
As demandas dos militares são: reajuste do ticket-alimentação que hoje é pago no valor de R$ 8,00; correção inflacionária dos últimos sete anos, “Isso não é aumento de salário, mas é reposição salarial”, ressaltou Vieira, regulamentação definitiva da carga horária e a reestruturação das carreiras com indexação do subsídio do último posto e o não desconto de Imposto de Renda sobre a Retae.
O caixão só será retirado do local às 18h, segundo os manifestantes, mas na próxima terça-feira, 18, eles prometem um novo ato surpresa em horário e lugar também a serem divulgados somente no dia.
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