Para o especialista em segurança pública, o coronel da reserva Henrique Rocha, o governo do Estado não pensa a segurança pública a longo prazo e não investe em políticas públicas para essa área tão estratégica.
“Qual a política para o combate de drogas? E de reaparelhamento”, questionou o coronel, doutor pelo Centro de Altos Estudos de Segurança, da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Rocha foi o entrevistado de Narcizo Machado no Jornal da Fan desta quarta-feira, 27 de março.
Ele informou que o governo atual tem se dedicado a investir na Polícia Civil, deixando a Polícia Militar sem investimentos. “O maior símbolo físico da polícia Militar, o nosso Quartel-Geral, está há anos sem reforma, com áreas desativadas e condenadas”, lamentou.
O coronel acrescentou que os coletes usados pelos militares são insuficientes e estão prestes a vencer e o armamento é velho e doado. Não compramos coletes, nem armamentos há mais de 10 anos. O tratamento à Polícia Militar precisa ser revisto”, advertiu.
Ele citou o baixo efetivo que não tem acompanhado o crescimento da violência no Estado, ressaltou a necessidade de concurso público, mas disse que o Centro de Formação de Oficiais e Praças (CFAP) não está em condições de formar soldados pela ausência de investimentos e manutenção.
Criticou ainda a forma de contratação dos concursados. “Quando faz concurso, coincidentemente é em período de eleição e quando convoca, convoca muitos de uma só vez. Ao entrar em reserva, entra em reserva todos de uma só vez. O concurso precisa ser continuado para evitar isso”, relatou.
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