No dia de ontem concedi entrevista na rádio Nova Brasil FM ao radialista André Barros e disse ao mesmo que se o Governador Belivaldo Chagas alega tanto que o estado está em crise, por que o referido “não larga o osso”? Na oportunidade até brincamos, dizendo que o osso não é largado, pois está cheio de tutano.
Pois bem, já denunciamos neste espaço democrático que, apesar da crise estar sendo alardeada por todos os cantos, privilégios continuam sendo concedidos a quem está próximo do poder.
Como exemplo, citamos o reajuste salarial do governador e vice-governadora, além dos secretários de Estado; a nomeação de vários cargos comissionados; a nomeação do genro do governador como Secretário de Estado e de sua filha como diretora do SENAC; a nomeação de vários parentes de políticos na estrutura do estado com salários vultosos, além do pagamento relâmpago de pensão duvidosa ao ex-governador Jackson Barreto.
A gente achava, sinceramente, que tais aberrações – inconcebíveis na forma moderna de fazer política – parariam por aí.
Achava!
Pois bem, no Diário Oficial do Estado, na data de hoje, foi publicada a nomeação do genro do governador – Sr. José Carlos Felizola |Soares Filho - como Conselheiro da EMDAGRO.
Curiosos que somos, fomos consultar no portal da Transparência da EMDAGRO se tal função era remunerada por jeton e qual o valor do mesmo.
No mês de dezembro de 2018 (tabela acima), último mês com consulta disponível, cada conselheiro recebeu o valor de R$ 3.000,00. Isso mesmo, R$ 3.000,00!
Não vamos entrar no mérito se esse conselho é produtivo ou não, se é importante ou não, mas o que vemos a cada dia é a crise se expandindo para a maioria enquanto uma minoria goza das benesses palacianas. É preciso que se tomem medidas drásticas para impedir a dilapidação dos recursos públicos em despesas de caráter duvidoso.Vários governadores, Sergipe afora, estão mostrando como fazer.
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