Especialistas em aviação deram declaração em programa de TV australiano; aeronave encontra-se desaparecida em meio ao Oceano Índico desde 2014.
Voo desapareceu no Oceano Índico em 2014Rahman Roslan/Getty Images/23.01.2017
O piloto do voo Malaysia Airlines 370 — desaparecido no Oceano Índico desde março de 2014 com mais de 230 pessoas a bordo — traçou propositalmente uma rota que tornaria o avião invisível nos radares com o objetivo de cometer suicídio. É esta a conclusão de um time de experts em aviação entrevistados no programa 60 Minutes do canal australiano 9 News Australia no último domingo (13).
Segundo Larry Vance, ex-investigador sênior do Conselho de Segurança do Transporte do Canadá, "ele [o piloto] estava se matando; infelizmente, ele estava matando todos os outros a bordo, e ele fez isso deliberadamente".
Para o piloto e instrutor de Boeing 777 Simon Hardy, o comandante Zaharie Ahmad Shah — que pilotava o MH370 — conseguiu cortar todos os sistemas de comunicação e depois mergulhar dentro e fora do espaço aéreo entre Malásia e Tailândia. Hardy acrescentou que acredita que alguém esteve no controle da aeronave até o fim.
Os experts argumentaram que Shah pilotou o avião por um percurso de 115 milhas (mais de 185 km) maior do que se pensava inicialmente. No programa de televisão, Vance lembrou os destroços recuperados em uma ilha francesa na costa da África como evidência.
A maioria dos destroços do avião nunca foi encontrada e os corpos nunca foram recuperados. A aeronave ia de Kuala Lumpur, na Malásia, a Pequim, na China. Nenhuma transmissão foi recebida da aeronave pelos radares depois de seus primeiros 38 minutos de voo.
Casos conhecidos
A rede de notícias americana Foxnews relembrou um incidente similar — quando o voo 804 da EgyptAir caiu na costa de Massachusetts em outubro de 1999 a caminho do Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, vindo do Cairo. Um áudio divulgado posteriormente revelou o piloto Gameel Al-Batouti dizendo, em árabe, "Eu confio em Deus" onze vezes durante o voo.
Dois anos depois, o Conselho Nacional de Segurança no Transporte dos EUA chegou à conclusão que Al-Batouti havia se suicidado e propositalmente derrubado avião depois que o outro piloto saíra da cabine de comando.
O acidente do voo Germanwings 9525, que caiu nos alpes franceses em 4 de março de 2015, também foi produto do suicídio de um piloto. Oficiais determinaram que o co-piloto Andreas Lubitz, que já havia sido tratado por tendências suicidas, jogou a aeronave contra as montanhas de propósito.
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