O Hospital da Polícia Militar (HPM) em Aracaju (SE) corre o risco de fechar as portas por problemas financeiros. É o que afirma a Associação dos Militares do Sergipe (AMESE), que acusa o Estado e o Ipesaúde de atrasar os repasses.
Por falta de materiais básicos, o atendimento foi comprometido e as cirurgias eletivas suspensas, segundo a Amese. Ao todo, R$ 2,5 milhões de recursos do Estado estão em atraso e outros R$ 900 mil do Ipesaúde, o que tem comprometido 60% da renda do hospital.
“São vários meses que estão inviabilizando o pagamento de servidores, fornecedores. O Estado fez convênio, quis colocar como se estivesse aberto mais leitos usando o HPM, mas depois atrasa os repasses e o hospital fica sem condições de funcionar. Isso prejudica não só a população em geral como os atendidos pelo Ipes e os próprios militares”, critica Marlio Damasceno, assessor jurídico da Amese.
De acordo com o assessor, a situação perdura há mais de dois anos, quando já havia possibilidade de fechar o hospital. O problema chegou a ser discutido no Ministério Público no ano passado, após a Amese protocolar um ofício na Promotoria de Saúde, o que, para ele, resolveu apenas em parte.
“Toda vez que o hospital está para fechar fazem reunião, mas depois se aquietam e nada acontece. Resolvem em parte e volta o problema. Como o hospital vai poder arcar com materiais básicos se não tem a contrapartida do Estado? Não somos contra que faça os convênios, mas que se pague também em dia”, afirma Damasceno.
Na manhã desta sexta-feira (3) foi realizada uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima, a direção do Ipesaúde e do HPM, e o Comando da Polícia Militar para discutir a gestão dos serviços prestados na unidade hospitalar. O coronel Paulo Paiva, relações públicas da PM, esteve na reunião e disse que esse foi um encontro preparatório para uma solução conjunta.
“O HPM, obviamente, enfrenta dificuldades, estamos conversando para encontrar solução para isso. As tratativas estão avançadas para que possamos resgatar o atendimento no hospital de forma plena. O atendimento não está suspenso, há alguns anos o hospital está sem internamentos, sem atendimento médico hospitalar, de media e alta complexidades, sem UTI, mas continua atendimento ambulatorial e a urgência do Ipes”, afirma Paiva, acrescentando que uma nova reunião ainda deve ser marcada.
Fonte: F5 News
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