"Algemados”, radiopatrulheiros permanecem na ativa. Que não roubem essa coragem! Na matemática das viaturas? Sem soma, só subtração
No último dia 27 a página denunciou com exclusividade a triste situação dos radiopatrulheiros de Aracaju (SE), que vivem um momento histórico com a desvalorização, perseguição, sucateamento e interesse de extinção do batalhão que é um dos mais antigos da Polícia Militar em Sergipe: o de Radiopatrulha (BPRp), no texto ‘BOICOTE: perseguida, RP não tem sequer viaturas suficientes para rondas’.
Na matéria, faz-se menção à perda de cerca de 100 homens, ao interesse de substituir a RP pela Força Tática, à redução no quantitativo de viaturas, que em 2016 era 31 e agora caiu para 9, mas, principalmente, para o fato de destas 9 somente uma estar à serviço da comunidade, em virtude de as demais terem apresentado problemas, necessitando ser deslocadas para a locadora que presta serviço ao Estado, não sendo substituídas por outras e, consequentemente, deixando a tropa “algemada”, mas graças à força dos guerreiros do raio, ativa.
E foi ante a denúncia, que o semanário Cinform estampou, na edição desta segunda (1º), em sua matéria de capa o sucateamento ao qual o BPRp e a sociedade sergipana têm sido cruelmente submetidos, realidade que leva ao questionamento do real compromisso para com a segurança pública.
Ao Cinform, o tenente-coronel Paulo Paiva, responsável pelo setor de comunicação da PMSE, informou que realmente estão à disposição da RP somente os nove veículos, sendo que seis são ativados e três deixados na reserva para cobrir imprevistos relacionados à quebra, atentando para a normalidade de os defeitos acontecerem.
Sim, humanos adoecem, quem dirá as viaturas, principalmente quando somente nove atendem Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras, Santo Amaro das Brotas e Maruim. No entanto, a justificativa se fez vaga. Como três carros ficam em stand by, e dos nove, atualmente, oito aguardam reparo? Matemática errada! Nessa conta não há soma, só subtração.
E a cláusula que trata da substituição, está sendo cumprida? Há a permuta apenas por tempo de uso? Existe uma que limite o período para retorno do conserto? Diz-se que a cada dois anos há essa substituição da frota, mas na prática, é assim que acontece?
Nas ruas não é difícil encontrar viaturas com pneus careca, paralama caindo, farol de milha queimado, dentre tantos outros problemas que ao cidadão civil é passível de multa, mas, impunemente, aos quais os militares são obrigados a se submeter, colocando em risco a própria vida.
De quem é a culpa? O que esperar para os próximos dias, se até igrejas estão sendo alvo de criminosos? Foi o respeito à farda que foi perdido ou braços estão sendo cruzados? Cobram redução de números, mas esquecem de que investimentos são necessários. Enquanto a polícia se municia com armamentos doados, os bandidos estão à frente belicamente e em organização.
No fim, por um fim ainda mascarado, impõe-se que os garotos que podiam mudar o mundo assistam a tudo em cima de um muro. Com os verdadeiros heróis sendo mortos e inimigos no poder, ainda assim a ideologia permanece, e o mais importante, sem que os percalços roubem a coragem.
Fonte: https://www.facebook.com/jornalistaianegois/posts/412123572486040:0 (jornalista Iane Gois)
Postado por ESPAÇO MILITAR
Nenhum comentário:
Postar um comentário