Jackson: precisando enxergar melhor o problema
Fico impressionado com o discurso governista de jogar para as drogas a patente da criminalidade que faz do sergipano o povo mais intranquilo do Brasil. Proporcionalmente, dando um refresco aos que “adoram”, quando encosto os dedos no teclado do notebook para comentar o dia a dia do governo Jackson Barreto. Mas podem prestar a atenção: muda secretário e o discurso é o mesmo: as drogas provocam a criminalidade.
É mesmo? Tem certeza? Dados estatísticos, estudos confirmam? Ótimo. Temos a causa do problema. A origem do mal. Agora explica porque, então, não se consegue frear a criminalidade? Vamos. Quer dizer, então, que o governo admite conhecer o adversário, mas não pode vencê-lo? É isso?
A polícia sabe que a criminalidade em sua maior extensão tem origem nos traficantes de drogas, mas não consegue deixar Sergipe tranquilo por não ter como derrotá-los?
Se isto é o que acontece, se as autoridades não têm forças para os traficantes, e é difícil convencer do contrário, levando em conta o discurso governista, por que não buscar ajuda externa? Se “não temos cabeças pensantes” aqui para superar as mentes brilhantes dos traficantes, o que estão esperando para, humildemente, pedir socorro?
Aqui mesmo no Brasil, e se preciso em outras partes do mundo, existem ideias, projetos eficientes contra o tráfico de drogas. Não se consegue acabar a criminalidade, é verdade. A droga, infelizmente, sempre será um problema. Mas outros estados e governos colocaram em prática projetos hábeis e reduziram bastante a ação dos criminosos. O governo já tentou o socorro? Não é importar só policial, mas ideias. Pensamentos.
Cuidar dos viciados para que deixem o caminho das drogas é fundamental. O Estado está fazendo isso com eficiência? Há um centro de reabilitação de drogados funcionando e dando resultados em Sergipe? Há projetos nas escolas voltados para evitar novos consumidores? Há alguma política pública orientando pais para que saibam como fiscalizar melhor seus filhos, evitando que sejam seduzidos pelo mal? Jogar a culpa nas drogas e não derrotá-las já se mostrou uma política falida. Só os bandidos vibram. Ou não?
Fonte: Universo Político (Joedson Telles)
Postado por ESPAÇO MILITAR
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