Que o grito dos presos agora ecoe pedindo um olhar pela população, que sofre os desmandos e de tanto clamar já não é ouvida.
Não bastasse a total insegurança, o medo, os constantes assaltos, homicídios e atos de violência em geral que têm colocado Sergipe em uma posição de destaque entre os estados brasileiros com alto índice criminal, agora o cidadão também sai de vítima a acusado.
Como forma de censura velada, a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-SE) tenta colocar panos quentes no que já é inquestionável e ao invés de investir tempo, recursos e trabalho para identificar autores, coloca como mentirosas e irresponsáveis informações divulgadas antecipadamente nas redes sociais e, posteriormente, confirmadas através de fotos e vídeos que comprovam o total desmando.
Não bastasse a tentativa de maquiar fatos, a intimidação de responder a inquérito policial em virtude das publicações mostra que a situação está sendo avaliada apenas unilateralmente no sentido de defender cargos e funções.
Na era da tecnologia a velocidade dos dados tem o lado positivo e negativo. Por que punir uma tentativa de alerta? Por que querer penalizar quando em momentos necessários pedem a nossa contribuição? Não há motivo para pânico? Para quem está cercado de seguranças e aos que estão com coletes balísticos e arma em poder realmente não existe temor. E nós, meros mortais, pagaremos a conta com o próprio sangue?
"Será que tudo está podre, será que todos estão vazios? Não existe razão, nem existem motivos. Não adianta suplicar, porque ninguém responde. Não adianta implorar, todo mundo se esconde. É difícil acreditar que somos nós os culpados. É mais fácil culpar Deus ou então o diabo".
Em Sergipe ecoa o grito dos "excluídos". Enquanto estamos sujeitos a assalto se usarmos o celular nas ruas, nos presídios a utilização é livre. Sofremos sem polícia, mas encarcerados estão protegidos, amparados pela lei própria e pela constitucional. No final, a voz da exclusão venceu e o direito dos presos foi assegurado. Que agora eles gritem por nós e cobrem do Sistema um olhar pelos abandonados (o povo).
*Foi utilizado no texto trecho da música "Violência", de autoria de Sérgio Britto e Charles Gavin, interpretada por Titãs.
Fonte: Itnet (Iane Gois)
Postado por ESPAÇO MILITAR
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