O controle está perdido e as vidas terminam com manchetes policiais.
A resposta ao grito de ‘Independência ou Morte' em Itabaiana (SE) foi, literalmente, de sangue, onde no feriado de 07 setembro foram registradas duas mortes com emprego de arma de fogo em um intervalo inferior a três horas.
Identificadas como Adaílton Francisco de Lima (Pistolinha), de 30 anos, usuário de drogas, com antecedentes criminais registrados e alvo, há cerca de quatro anos, de atentado, e Walisson dos Santos Silva, 21 anos, as vítimas foram assassinadas em vias públicas entre as 16h e 19h da última quarta-feira (07) na Rua Francisco Oliveira e no Conjunto Gilton Garcia (Mutirão), respectivamente.
Com os assassinatos, o índice criminal na cidade já atinge 76 homicídios, a maior parte tendo como reféns da criminalidade pessoas com registro criminal ou ligadas ao tráfico e/ou uso de drogas, segundo a polícia, treze a menos do total em todo 2015 e que grande parte permanece sem elucidação por falta de quem investigue, de investimento do Estado. E nesse ritmo a Capital Nacional do Caminhão segue para um processo de envelhecimento social com a morte de tantos jovens, realidade que, se mantida, em breve intitulará a princesa da Serra também como a capital da insegurança.
As afirmativas de que os números estagnaram e a violência não aumentou, que não há caos na segurança pública do estado e que o "SALVE GERAL" foi apenas virtual cada dia mais caem por terra e os números mostram que a maquiagem já não tapa mais os poros abertos. O desmando está escancarado e as algemas que antes intimidavam foram substituídas por narizes de palhaço. Nossos direitos se restringiram aos impostos, à sobrevivência e, citando os Paralamas do Sucesso, "a vida já não é mais vida. No caos ninguém é cidadão. As promessas foram esquecidas, não há Estado, não há mais nação. Perdido em números de guerra, rezando por dias de paz, não vê que a sua vida aqui se encerra com uma nota curta nos jornais".
Chega de discurso, de embates internos, de anunciar concursos que depois de realizados ficam no esquecimento e os aprovados aguardando convocação. Nosso clamor é por segurança, porque da falta dela já entendemos bem. Queremos polícia na rua de forma legal e não engomadinhos em desfile cívico. Atentem contudo, que assim como o analfabeto não pode alfabetizar, polícia que dá segurança precisa de seguridade. Patriotismo em estado desordenado é continência prestada à delinquência.
Fonte: Itnet (Iane Gois)
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