terça-feira, 14 de julho de 2015

5 FATORES POUCO CONHECIDOS SOBRE A OPERACIONALIDADE POLICIAL.



Quem é policial está acostumado a ouvir muitos mitos e desconhecimentos sobre o funcionamento do seu trabalho. Inspirados por filmes, boatos e suposições, muitos (não-policiais) ignoram os verdadeiros desafios dessa profissão.
Para desmistificar alguns aspectos bastantes simples criei essa lista com 5 fatores pouco conhecidos sobre a atividade policial. São aspectos gerais, que podem variar de realidade para realidade, mas que se aplicam à maioria dos trabalhadores policiais:


O fardamento/equipamento do policial gera incômodo


Quando um policial que atua na operacionalidade está devidamente equipado, o peso e as dimensões dos acessórios diminuem a mobilidade do policial, gerando desconforto e mais cansaço que um traje comum. Mesmo o mais confortável material tem seu ônus, embora o incômodo seja cada vez mais reduzido em equipamentos mais modernos (coturnos, fardamento, cintos e coletes). Para garantir proteção individual o “preço” a se pagar é algum desconforto.


Atirar na perna é muito difícil e arriscado


Talvez influenciados pelas cenas dos filmes de Hollywood, é comum ver pessoas apontando como alternativas para ações policiais equivocadas simplesmente “dar um tiro na perna”. No momento em que uma ocorrência policial está se desenrolando a tensão e a rapidez do momento geralmente tornam esse tipo de disparo muito arriscado. Mesmo bons atiradores podem errar. Além de possibilitar que inocentes saíam feridos (o projétil pode ricochetear no chão, por exemplo, e atingir alguém), o policial pode estar correndo risco caso o suspeito esteja armado.


Ocorrências de pouco risco são a regra


Mesmo no cenário de violência abundante no Brasil ainda é exceção no serviço policial a atuação em contextos de alto risco. Salvo unidades especializadas nesse tipo de ação, que geralmente são empregadas em casos extremos, o normal é que policiais precisem mediar pequenos conflitos e desentendimentos na maior parte do tempo. Mas aí vai um alerta: a qualquer momento algo muito arriscado pode ocorrer, e o policial precisa estar preparado – sem confundir a ação em ambiente de risco com a ação em ambiente de mediação.


O motorista da viatura é quem corre mais risco


Imagine ter que dirigir, estar atento a alguma ocorrência que surja e, em caso de infração de trânsito ou qualquer dano na viatura, ser responsabilizado por isso. Esse é o desafio do motorista de viatura, que sempre estará mais vulnerável que os demais membros de uma guarnição – além de se cansar mais. Muitas polícias, considerando esses fatores, acabam pagando uma gratificação diferenciada a esses policiais.


Se alimentar geralmente é um problema


Imagine estar se deslocando para almoçar, durante o serviço, e ser chamado para atender uma ocorrência. Ou então atender uma ocorrência alguns minutos antes do horário de lanche e precisar se ocupar algumas horas com a lavratura de um flagrante na delegacia. Esses casos, e outros tantos, são bastante comuns durante o serviço operacional, o que acaba desregulando todo o planejamento alimentar dos policiais.


Fonte: Abordagem Policial (Danillo Ferreira)


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