quarta-feira, 23 de julho de 2025

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Corpo de Bombeiros realiza abertura do primeiro curso de Salvamento Terrestre promovido pela corporação

O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) realizou a abertura de seu primeiro Curso de Salvamento Terrestre (CSTER). A solenidade aconteceu, no quartel do comando-geral, reunindo militares do CBMSE, entre instrutores e alunos.

O Coronel Fábio Cardoso, comandante-geral, enfatizou a relevância do curso e lembrou as dificuldades enfrentadas no passado, quando os bombeiros atuavam com muita dedicação e garra, apesar dos recursos reduzidos à época. Para ele, o CSTER representa a superação dessas limitações e o avanço da corporação em sua missão vital de salvamento.

Com o objetivo de aprimorar o desempenho de seus militares, oficiais e praças – em atividades de busca e salvamento terrestre, o curso abordará temas cruciais. Entre eles, destacam-se: salvamento em espaços confinados (a exemplo de cisternas), técnicas para atuar em enxurradas e inundações, uso de equipamentos como tripés e escadas, resgate e contenção de animais, e até mesmo corte de árvores, além de diversas outras especificidades essenciais para o trabalho dos bombeiros.

Segundo o coordenador do curso, tenente Bispo, o curso vinha sendo concebido há cerca de um ano, visando a melhoria da nossa doutrina e serviço operacionais. “Além de instrutores militares da nossa corporação, com especialização fora do estado, contamos também com o auxílio de militares de outros estados, que se disponibilizaram em atenção ao nosso convite, no intento de reunir as melhores técnicas em salvamento terrestre no Brasil, a fim de ofertar um melhor serviço à sociedade sergipana”, afirmou o tenente.


O CSTER conta com a participação de três bombeiras, representando o efetivo feminino que, diariamente, compõem o serviço operacional em nosso estado. “O fato de ser mulher em uma instituição militar é algo difícil, cheio de desafios, e especialmente ingressando num curso de especialização – o que exige muita rusticidade, destreza e força física. Diante de tais desafios, nós estamos aqui para ocupar espaços, não obrigatoriamente, mas por afinidade e espírito de pertença, na liberdade de poder escolher tais lugares. Sinto-me muito feliz e muito grata por por fazer parte disso”, pontuou a tenente Andrade, aluna do curso.

A solenidade contemplou também a homenagem do comando geral ao tenente da reserva remunerada Gutenberg, um dos precursores naquela área de especialização no CBMSE, tanto pela sua contribuição na atividade operacional, quanto na transmissão das técnicas de salvamento terrestre. “Eu me senti nas alturas com essa homenagem inesperada, por ser algo que eu sempre fiz por amor, dedicação e zelo à nossa corporação. Tendo passado por cursos de salvamento em altura e salvamento terrestre, sempre me senti mais tocado pelo de terrestre”, destacou o tenente Gutenberg.

Por: ASCOM/CBMSE

Bombeiro de Sergipe participa de IV Curso de Busca, Resgate e Salvamento com Cães em Fortaleza


Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) esteve representado no IV Curso de Busca, Resgate e Salvamento com Cães, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), em Fortaleza. O soldado Ayran Oliveira participou da capacitação, ocorrida entre os dias 9 e 30 de junho, reunindo profissionais de onze estados e diversas forças de segurança.

“Foi um curso bem completo, com 200 horas-aula, entre instruções teóricas e práticas. Foram apresentadas diversas técnicas, inclusive com o emprego de recursos tecnológicos. As instruções destacaram a importância da sintonia entre o binômio (condutor e cão), mostrando como essa parceria pode ser decisiva em operações de busca, resgate e salvamento”, afirmou o bombeiro.

O amor pelos cães levou o soldado a atuar na Seção de Busca Resgate e Salvamento com Cães (SBRESC) do CBMSE, onde está há cerca de um ano. “É incrível saber que, além de nosso melhor amigo, o cão também pode ter esse outro papel tão importante na sociedade. O trabalho no SBRESC é muito dinâmico e gratificante. Além dos treinos constantes e das ocorrências, participamos ainda de sessões de cinoterapia (terapia facilitada por cães) em diversos locais como hospitais e instituições que atendem pessoas com necessidades especiais”, concluiu o soldado.


Por: ASCOM/CBMSE

Coronel Hermeto Rodrigues Feitosa: um Legado de honra e serviço à sociedade sergipana


No dia 8 de agosto de 1904, na cidade de Porto da Folha, estado de Sergipe, nasceu Hermeto Rodrigues Feitosa. Filho de Antônio Rodrigues Feitosa e Maria do Céu Feitosa, pertencentes a uma família de classe média, foi criado de forma simples, conforme os padrões sociais da época, recebendo uma formação sólida de caráter, alicerçada nos valores familiares e sociais.

Desde cedo, demonstrou disposição para o trabalho. Aos 12 anos, iniciou sua trajetória profissional como aprendiz de ofício no Exatório – repartição responsável pela cobrança de impostos –, em atividade na Ilha do Ouro. Em seguida, trabalhou como caixeiro em uma fábrica de descaroçamento de algodão em Porto da Folha, e posteriormente desempenhou diversas funções na cidade de Propriá. Já na cidade de Riachuelo, por suas habilidades e inclinações religiosas, atuou como sacristão, auxiliando o Padre João de Souza Marinho, pároco local. Retornando a Porto da Folha, continuou a exercer essa função junto ao Padre Antônio de Freitas.

Foi nesse período que conheceu a jovem Berenice, com quem iniciou um relacionamento. Casaram-se em 21 de outubro de 1923.

Diante das novas responsabilidades familiares, Hermeto buscou melhores oportunidades e, em 1925, aos 21 anos, mudou-se para Aracaju, onde ingressou na Polícia Militar do Estado de Sergipe. Com determinação e vontade de vencer os desafios, conciliava sua função como soldado com os estudos noturnos no Colégio Tobias Barreto. Seu empenho o levou à promoção à graduação de Cabo e, em 1929, ao posto de 2º Tenente.

Ainda em 1929, foi designado Delegado de Polícia em Porto da Folha. Em 1931, foi convocado para combater o cangaço, e, no primeiro semestre de 1932, assumiu o comando da volante de Canindé de São Francisco, composta por 30 policiais.

No mesmo ano, teve sua atuação na campanha contra o cangaço temporariamente suspensa para integrar a tropa sergipana enviada para combater os revoltosos da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Coube a ele o comando da 3ª Companhia. Pela bravura demonstrada no enfrentamento dos revoltosos, Hermeto recebeu, ainda em solo paulista, duas promoções por atos de coragem: a de 1º Tenente e, em seguida, a de Capitão – ambas ratificadas pelo então interventor de Sergipe, Maynard Gomes.

Em 1935, foi promovido ao posto de Major pelo Governador Ferreira de Carvalho e designado Comandante do Batalhão com sede em Itabaiana. No final de 1938, retornou a Aracaju para assumir a função de Subcomandante-Geral da Polícia Militar. Em 1945, foi promovido a Tenente-Coronel e, no ano seguinte, nomeado Comandante-Geral da Corporação.

Ainda em 1946, pediu exoneração do cargo de Comandante-Geral da PMSE para se candidatar à Assembleia Legislativa. Foi eleito Deputado Constituinte em 1947 e reeleito em 1950. Em 1952, assumiu a Secretaria da Fazenda, Produção e Obras Públicas do Estado. No ano seguinte, tornou-se Presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe. Em determinado momento da gestão do Governador Arnaldo Rolemberg Garcez, diante da ausência do governador e de seu vice, Edézio Vieira de Melo, Hermeto Feitosa chegou a assumir interinamente o Governo do Estado.

Ao longo de sua vida, desempenhou diversas funções públicas com ética, compromisso e espírito público. Paralelamente, teve destacada atuação na Maçonaria. Atualmente, dá nome à cadeira nº 13 da Academia Maçônica Sergipana de Artes, Ciências e Letras, da qual é patrono.

Registros históricos apontam ainda sua passagem por uma fábrica descaroçadora de algodão, em Propriá, antes de seu ingresso na Polícia Militar.

O Coronel Hermeto Rodrigues Feitosa faleceu em 16 de setembro de 1992, aos 88 anos de idade. Sua trajetória é marcada por valores que o consagraram como homem público exemplar e cidadão de conduta ilibada, cuja memória merece ser lembrada, respeitada e enaltecida por todos os sergipanos.

Como forma de eternizar esse legado, a Polícia Militar do Estado de Sergipe criou, em julho de 2025, a Moeda Coronel Hermeto Rodrigues Feitosa, que passará a compor o acervo do Museu da Corporação. A honraria tem por finalidade agraciar policiais militares e personalidades civis que tenham prestado relevantes serviços à sociedade sergipana.

Fonte: ASCOM/PMSE.